Sobre a Revista

A revista ASTRAGALO foi criada em Madri, em 1994, por seu mentor, ativista e fundador, Antonio Fernández Alba. De 1994 a 2001, sob a supervisão de Alba, 19 números foram publicados. O selo Revista Cuatrimestral Iberoamericana indicava sua intenção de periodicidade, cumprida em seus últimos 4 anos, assim como de seu alcance, escopo e referência. Na realidade, como uma ponte latino-americana que Antonio tantas vezes percorreu, atravessando o Atlântico, expandindo sua múltipla e distinta coleção de amigos estrangeiros.

ASTRÁGALO Também apresentava alguns sinais de identidade como um design gráfico clássico, produzido por Antonio, que também preparou cada lote de originais na forma de uma embalagem revista/livro. Mais importante foi a proclamada intenção ideológica de se consolidar como uma revista escrita, ou seja, sem a profusão de imagens que caracteriza muitas dos periódicos de arquitetura e urbanismo. Desta forma, rejeitando o deslumbramento desse culto de aparências oferecido pelos catálogos de fotografias brilhantes e coloridas, ASTRAGALO era uma revista escrita em preto e branco quando muito com alguma pequena ajuda de imagens. ASTRÁGALO continuará sendo assim, esta é a nossa proposta.  Leia mais

AFILIAÇÃO TEMÁTICA:
Arquitetura | Artes Plásticas | Filosofia | Geografia | História | Sociologia.

BASES DE DADOS:

SCOPUS, Scimago DIALNETDOAJLatindex Catalogue 2.0, OPEN Alex, REDIBMIARREBIUNGOOGLE SCHOLAR, ULRICHS, ISOC (CCHS-CSIC), ERIH-PLUS,DulcineaRESHDICE, ZDBOpenAIRE|Explore, ARLA, Base, Sherpa-Romeo, EBSCO, Scilit, Copernicus

 

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Chamada para envio de artigos para duas edições (2026)

2025-11-03

São anunciados dois novos números:

A41 EXTRA (2026) Descolonizando a Justiça Espacial da Palestina: Espaciocídio, Resistência e Geografias Ressonantes de Luta

Editores convidados:

Shaden Awad

Arquiteta e professora assistente na Universidade de Birzeit (Departamento de Arquitetura). Seu trabalho concentra-se em políticas espaciais sob o colonialismo de povoamento, estudos urbanos descoloniais e epistemologias feministas e indígenas do espaço. Publicou sobre espaçocídio , arquitetura sitiada e políticas de reconstrução, situando o espaço palestino como base teórica para repensar geografias globais de injustiça.

Mohammed Abu Al Rob

Arquiteto e professor assistente no Departamento de Engenharia Arquitetônica e Planejamento da Universidade de Birzeit. Sua pesquisa examina infraestruturas coloniais, fragmentação territorial e o papel da arquitetura na mediação entre soberania e deslocamento. Atua em análise espacial, cartografia crítica e pedagogia do design em contextos de conflito e ocupação.

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A42 (2026) Renaturalização das cidades: a valorização do urban wilderness

Editor convidado: Carlos García Vázquez. Departamento de História, Teoria e Composição Arquitetônicas. Escola Técnica Superior de Arquitetura, Universidade de Sevilha.

Envio de artigos até: 15 de junho de 2026
Revisão por pares até: 20 de julho de 2026
Publicação em: setembro de 2026

Saiba mais sobre Chamada para envio de artigos para duas edições (2026)

Edição Atual

n. 40 (EXTRA) (2025): Duplo colapso: ecossistêmico e humanista
					Visualizar n. 40 (EXTRA) (2025): Duplo colapso: ecossistêmico e humanista

Para os coetâneos dos primeiros 25 anos do Século XXI, a contemporaneidade, entendida como condição histórica e pauta cultural, reformula problemáticas e introduz novos temas de estudo, condicionando a revisão de procedimentos e marcos teóricos aparentemente consolidados. A consciência do viver em novas eras, como do antropoceno e do digital, abre hipótesis de transição para um mundo pós-humano no qual a cidade e o território, o espaço público e as práticas sociais, a arquitetura e a estética da vida cotidiana se enfrentam como o final de um ciclo histórico, dando lugar a um estado diferente. Para José Luis Pardo (2011), em razão da mudança civilizatória que atravessamos, estamos instalados em uma transição permanente de paradigmas: é assim no Sul Global?

Desde a modernidade, o sentido do desenvolvimento da técnica afeta a distintos campos disciplinares, como o da Arquitetura e do Urbanismo, que têm se constituído em distintos saberes absolutos sobre os modos de habitar a Terra, considerada como um recurso disponível a ser instrumentalizado, com o consequente desaparecimento de biomas e a degradação de paisagens. Os territórios urbanos, as cidades, têm se transformado e constituído em dispositivos de alto impacto ambiental. Na coetaneidade de novos paradigmas, Antropoceno, Capitaloceno ou Chthuluceno surgem como conceitos que, por sua amplitude, expressam a multicausalidade dos processos que afetam o planeta em seu conjunto, abrindo a possibilidade de desenvolvimento de uma nova ética mna relação entre a humanidade e a natureza.

Da mesma forma, a consolidação da era digital promove a lógica informacional em todas as ordens da existência, facilita uma conectividade compulsiva entre indivíduos monádicos (Sadin, 2020) e expande a aplicação de inteligência artificial, dando lugar a fenômenos de crises que transcendem limites nacionais e desafiam o poder dos Estados. Emergem realidades nas quais os sujeitos desenvolvem, por imperativo da época, novas sensibilidades e capacidades cognitivas que alteram a noção de espaço e de tempo. O locus urbano, como fator de estabilidade no espaço e duração no tempo, cede frente a volatilidade e instantaneidade do digital, modificando as práticas coletivas en el espacio público urbano.

As cidades (do Sul Global), caracterizadas por suas múltiplas temporalidades e espacialidades, que em si mesmo podem explicar-se por sua complexidade histórica, se enfrentam com a necessidade de processar novas externalidades próprias de suas singularidades e da mundialização política, económica y cultural. De tal modo que, a questão de nossos tempos, do antropoceno e do digital, constitui um epifenômeno que introduz novos parâmetros para pensar a cidade como palimpsesto de significados, elementos materiais e práticas sociais.

Se trata de mundos em ruínas que se instauram? Mundos humanos e não-humanos produzidos a partir de uma lógica de fugacidade e instantaneidade, de tempos efêmerose espaços amnésicos (A. F. Carlos, 2007), de esquecimentos e substituições? Nesta nova era, a separação entre Natureza e Cultura, como também entre sujeito e sociedade, é insustentável e exige testar novas perspectivas e abordagens para fazer frente a dualismos, ao colonialismo e a hegemonia, aspectos próprios do mundo ocidental.

Considerando que a cidade atual, que é expressão do poder do capitalismo globalizado e expressa uma nova chave, da tríade cidade-trabalho-política para cidade-gerenciamento-negócio, potencializada pela presença disruptiva da tecnologia, fizemos as seguintes perguntas, às quais os textos apresentados aqui respondem sob diferentes aspectos:

  • Em consequência de um campo civilizatório em transformação, quais são as possibilidades e limitações do Sul frente a complexidade e as tendencias contemporâneas?
  • Estas tendencias constituem novas ameaças ou oportunidades para sociedades marcadas desigualdades agudas?
  • Em que medida o Sul Global propõe uma epistemologia situada, adequada para enfrentar os desafios do momento coetâneo? O que surge como desenvolvimento desta epistemologia em relação aos valores, elementos e procedimentos de disciplinas projetuais como a Arquitetura e o Urbanismo?

Cujas respostas foram classificadas em 4 giros:

  • Giro 1: Arquitectura, Límites y Transformaciones. Artigos 1, 2, e 3
  • Giro 2: Arquitectura, Género y Alteridad. Artigos 4 e 5
  • Giro 3: Arquitectura, Naturaleza y Cultura. Artigos 6, 7 e 8
  • Giro 4: Arquitectura, Proyecto y Sociedad. Artigos 9 e 10

 

Publicado: 2025-12-09

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