Memórias coletivas
DOI:
https://doi.org/10.12795/astragalo.2025.i40.02Resumo
Com este artigo visual, propomos que hoje abandonamos nossa condição de animais sociais para adotar um gregarismo desconectado, propiciado por tecnologias que se conectam em tempo real, mas se desintegram espacialmente. Essa individualização corrói a convivência com outras espécies e nos distancia do passado, quando nos concebíamos como animais políticos. Nesse contexto, a memória surge como uma ferramenta essencial: embora pareça individual, ela é configurada em estruturas coletivas e em relação a corpos, práticas e territórios. Quando é destituída dessa interação social - como acontece quando é museificada -, ela perde seu significado compartilhado e é esvaziada de conteúdo, reduzida a fragmentos sem vínculo crítico com a temporalidade. Diante disso, no Sul Global, as memórias coletivas se manifestam como campos epistêmicos complexos que confrontam modelos lineares de progresso. Longe de serem resíduos do passado, elas nos permitem imaginar futuros possíveis e sustentar a cultura, o pensamento crítico e a criação como práticas vivas e relacionais.
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Copyright (c) 2025 Lucas Bizzotto, Paula Fernanda Buitrago Toro

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