Sobre os subúrbios dos EUA e a Pruitt-Igoe
A televisão e a política de cuidados na cidade americana do pós-guerra
DOI:
https://doi.org/10.12795/astragalo.2023.i33-34.07Palavras-chave:
Subúrbio americano, Pruitt-Igoe, Televisão, Gênero, CuidadoResumo
O presente estudo pretende abordar a interacção entre o Subúrbio Americano e o complexo de Pruitt-Igoe através de representações televisivas, abordando, simultaneamente, as suas repercussões na Cdade, nomeadamente no que respeita a questões de Género e de Cuidados. Estes modelos urbanos são contemporâneos e ambos são exemplos distintos da Cidade Americana, construída de raiz no auge da Modernidade coincidindo com a disseminação e banalização da Televisão.
Valores familiares, estereótipos domésticos, papéis de género e segregação serão considerados, abordando-se simultaneamente, o papel da televisão na implementação da retórica mediática subjacente à forma como estes projectos habitacionais de grande-escala foram concebidos, entendidos e, consequentemente, habitados.
O movimento de suburbanização da América do pós-guerra simbolizou a busca do Sonho Americano, evidenciando as famílias nucleares, as casas próprias e a construção da dona de casa suburbana. Simultaneamente, o projecto habitacional Pruitt-Igoe em St. Louis, Missouri, surgiu como símbolo de projecto urbano moderno falhado, com as consequências a serem predominantemente enfrentadas por residentes afro-americanos em condições económicas muito desfavorecidas. Estas narrativas contrastantes fornecem o pano de fundo para enquadrar a política de cuidados e as relações de género numa América em mudança de paradigma.
Ao explorar as políticas de habitação, estes dois modelos de desenvolvimento urbano serão examinados com o foco na implementação de narrativas mediáticas específicas que moldaram o tecido social e cultural das cidades americanas do pós-guerra. Ao mesmo tempo, esta discussão será realizada a partir de um ponto de vista de distância crítica para rever os fracassos anteriores e compreender que a televisão também pode ser uma plataforma comum e legítima para transmitir contra-narrativas que podem construir modelos urbanos mais equilibrados e inclusivos.
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Copyright (c) 2023 Luísa Sol
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##plugins.generic.dates.published## 2023-09-28
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