Realismo distópico. Ou como a produção de filmes convida a aceitar o presente.
Resenha da minissérie "O Arquiteto" (2023)
DOI:
https://doi.org/10.12795/astragalo.2025.i38.17Resumo
A resenha de Daniel Natoli Rojo sobre a minissérie norueguesa The Architect (2023) analisa como essa produção audiovisual se insere na tendência do realismo distópico, um gênero que, em vez de alertar sobre futuros indesejáveis, parece incentivar a aceitação do presente neoliberal como inevitável. A série acompanha Julie, uma jovem aspirante a arquiteta que vive em condições precárias enquanto persegue um ideal profissional que acaba por reproduzir a mesma lógica que a oprime. Natoli destaca como a série retrata uma sociedade atomizada, sem vínculos comunitários ou respostas coletivas, onde a precariedade, a dívida e a vigilância tecnológica são normalizadas. Com base em pensadores como Mark Fisher, Henri Lefebvre e Remedios Zafra, a resenha aponta os pontos cegos da narrativa: a ausência do Estado, da família e dos movimentos sociais. A distopia, em vez de mobilizar, desativa. No entanto, a cena final oferece uma fresta de esperança: Julie, após alcançar seu objetivo, vive uma crise que pode abrir espaço para imaginar outro mundo. A resenha conclui que, embora a série reflita o desencanto contemporâneo, também sugere que o mal-estar pode ser a semente de uma transformação subjetiva e política.
Downloads
Referências
Berardi, Franco. 2014. Después del futuro: desde el futurismo al cyberpunk: el agotamiento de la modernidad. Madrid: Enclave de Libros.
Fisher, Mark. 2016. Realismo capitalista: ¿No hay alternativa? Buenos Aires: Caja Negra.
Harvey, David. 2013. Ciudades rebeldes: Del derecho de la ciudad a la revolución urbana. Madrid: Ediciones AKAL.
Lefebvre, Henri. 2013. La producción del espacio. Madrid: Capitán Swing Libros S.L.
Martorell Campos, Francisco. 2021. Contra la distopía: la cara B de un género de masas. Zaragoza: La Caja Books.
Millán, Juan David. 2022. “Hedonia depresiva: Reflexiones sobre el deseo en el realismo capitalista.” Teoría y crítica de la psicología 18. ISSN-e 2116-3480.
Zafra, Remedios. 2017. El entusiasmo: precariedad y trabajo creativo en la era digital. Barcelona: Anagrama.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Daniel Natoli Rojo

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.







