Relatório Macbride: Releitura à luz de ameaças ao direito à comunicação nas plataformas digitais.

MacBride report: re-reading in light of threats to the right to communication on digital platforms

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.12795/Ambitos.2021.i51.07

Palabras clave:

Direito à comunicação, UNESCO, Plataformas, Algoritmos, Dataficação

Resumen

Com os ambientes de redes digitais, as possibilidades de interação e participação ampliaram-se expressivamente, inaugurando um deslocamento significativo e descentralizado de produção e publicização de narrativas. A promessa de horizontalização faz emergir a abertura dos canais de comunicação pari passu à idealização de um contraponto narrativo frente a centralização das veiculações midiáticas tradicionais, ou seja, um prenúncio à promoção do direito humano à comunicação. No entanto, a internet, que nasce sob a proposta de arquitetura aberta, logo é sobrepujada por conglomerados empresariais. Ao apropriar-se das redes digitais,

a política capitalista proprietária complexifica o cenário, nos colocando diante de uma indagação: estaríamos perdendo as possibilidades de democratização da comunicação nos espaços digitais? Diante disso, este trabalho problematiza as (im)possibilidades de promoção do direito à comunicação nas plataformas digitais. A discussão teórica revisita o Relatório MacBride, elaborado há 40 anos pela UNESCO, que propõe a redução de influências comerciais na organização das comunicações, defende as políticas nacionais de comunicação e ratifica a comunicação como um direito humano, apontando seus prognósticos acerca dos impactos da tecnologia e seus reveses em países considerados subdesenvolvidos, demarcando congruências com teorias da comunicação desenvolvidas por autores latino-americanos expoentes no debate do direito humano à comunicação: Bordenave (1989), Freire (2005), Peruzzo (2005) e Marques de Melo (2008) e estudiosos da sociologia digital, dentre eles, Lupton (2015), Selwyn (2019), Morozov (2018) e Silveira (2019).

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Métricas

Cargando métricas ...

Biografía del autor/a

Lilian Bartira Santos Silva, Universidade Federal da Bahia

Jornalista, Educadora, Pesquisadora. Doutorado em andamento em Educação. Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia FACED-UFBA. Linha de pesquisa: Currículo e (In)formação. Integrante do Grupo de Pesquisa Educação, Comunicação e Tecnologias (GEC). Bolsista do(a): Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, CAPES, Brasil. 2016 - 2018 - Mestrado em Comunicação pela Universidade Federal do Ceará - UFC. Linha de pesquisa: Mídia e práticas socioculturais. Bolsista do(a): Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, CAPES, Brasil. 2003 -2007 - Graduação em Comunicação Social – Jornalismo pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB.

Carla Azevedo de Aragão, Universidade Federal da Bahia

Educadora, Jornalista, Pesquisadora e Ativista. Doutorado em andamento no Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia (FACED/UFBA). Integrante do Grupo de Pesquisa Educação, Comunicação e Tecnologias (GEC). Membro do Projeto de Pesquisa Conexão Escola Mundo: espaços inovadores para formação cidadã (2018 - atual). Bolsista CAPES. Mestre em Desenvolvimento e Gestão Social pelo Centro Interdisciplinar de Desenvolvimento e Gestão Social (CIAGS) da UFBA (2011). Graduada em Comunicação Social (1997) pela UFBA e especialista em Jornalismo e Direitos Humanos pela UniJorge (2009).

Nelson De Luca Pretto, Universidade Federal da Bahia

Professor Titular (e ativista) da Faculdade de Educação (www.faced.ufba.br) da Universidade Federal da Bahia (UFBA)/Brasil. Doutor em Comunicação pela Universidade de São Paulo (1994), Licenciado em Física (1977) e Mestre em Educação (1985), ambos pela UFBA. Bolsista do CNPq. Membro da Academia de Ciências da Bahia. Foi Secretário Regional da Bahia (2011 e 2015) e Conselheiro da SBPC - Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (2015-2019) e Titular do Conselho de Cultura do Estado da Bahia (2007-2011). Foi editor da Revista da entreideias: educação, cultura e sociedade (www.entreideias.ufba.br) até 2016 e membro da diretoria do Sindicato dos Professores no Estado da Bahia - SINPRO (1976/1977).

Citas

Abbott, A. (2000). Reflections on the Future of Sociology. Contemporary Sociology, 29(2), 296-300. doi: 10.2307/2654383

Barbosa, B. (2005). Sociedade reivindica direito humano à comunicação. Recuperado de https://bit.ly/2XfOuFA

Bordenave, J. E. D. (1989). O que é participação. São Paulo: Brasiliense.

Carvalho, C. A. (2013). Apontamentos teóricos e metodológicos para compreender as vincu-lações sociais das narrativas. En B. S. Leal y C. A. de Carvalho (Orgs.), Narrativas e poéticas midiáticas: estudos e perspectivas (p.49-65). São Paulo: Intermeios.

Ferrés I Prats, J. (2014). Educomunicação e cultura participativa. En R. Aparici (Org.), Educo-municação: para além do 2.0. (p. 263-277). São Paulo: Paulinas.

Follain, V. (2017). Narrativa e temporalidade na cultura midiática. Tríade: Comunicação, Cultura E Mídia, 5(9), 128-139. e-ISSN: 2318-5694

Freire, P. (2005). Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra.

Han, B. (2014). En el enjambre. Barcelona: Herder Editorial.

Jungherr, A. (2015). Analyzing Political Communication with Digital Trace Data. Cham: Springer International Publishing.

Vieira, L. (2019). Brexit, Trump, Bolsonaro: o declínio da democracia. Recuperado de https://bit.ly/2ZQP92a

Lupton, D. (2015). Digital Sociology. Abingdon: Routledge, Taylor & Francis Group.

Marres, N. (2017). Digital Sociology: The Reinvention of Social Research. Malden, MA: Polity.

Melo, J. M. (2008). MacBride, a NOMIC e a participação latino-americana na concepção de teses sobre a democratização da comunicação. Logos 28 - Comunicação e Universida-de, 15(1), 42-59. ISSN: 0104-9933

Morozov, E. (2018). Big Tech. A ascensão dos dados e a morte da política. São Paulo: Ubu Editora.

Peruzzo, C. M. K. (2005). Internet e Democracia Comunicacional: entre os entraves, utopias e o Direito à Comunicação. En Melo, J.M e Sathler, L. (Orgs.). Direitos à Comunicação na Sociedade da Informação (p. 267-288). São Bernardo do Campo: UMESP.

Selwyn, N. (2019). What is Digital Sociology? Cambridge, UK; Medford, MA: Polity.

Silveira, S. A. (2019). Democracia e os códigos invisíveis: como os algoritmos estão modulando comportamentos e escolhas políticas. São Paulo: Edições Sesc.

Tofller, A. (1980). The third wave. New York: Bantam Books.

UNESCO. (1983). Um mundo e muitas vozes: Comunicação e informação na nossa época. Rio de Janeiro: FGV.

Descargas

Publicado

2021-01-14

Cómo citar

Santos Silva, L. B., Azevedo de Aragão, C., & De Luca Pretto, N. (2021). Relatório Macbride: Releitura à luz de ameaças ao direito à comunicação nas plataformas digitais.: MacBride report: re-reading in light of threats to the right to communication on digital platforms. Ámbitos. Revista Internacional De Comunicación, (51), 98–115. https://doi.org/10.12795/Ambitos.2021.i51.07

Número

Sección

ARTÍCULOS

Artículos más leídos del mismo autor/a