Acessibilidade comunicativa: palavra-chave para um jornalismo democrático e cidadão
DOI:
https://doi.org/10.12795/Ambitos.2024.i65.05Palabras clave:
acessibilidade comunicativa, jornalismo, democracia, cidadania, indicadores de qualidadeResumen
Este artigo faz parte de uma pesquisa maior desenvolvida como requisito para conclusão do curso de Jornalismo, que objetivou a construção de uma ferramenta de indicadores de qualidade para a acessibilidade comunicativa no jornalismo. A discussão teórica se centra nos entrelaçamentos entre o jornalismo, a democracia e a cidadania em sua relação com a temática. São argumentos centrais a ausência de acessibilidade nas práticas jornalísticas, o que a torna uma lacuna, e as formas estigmatizadas de representação dos públicos com deficiência. O desconhecimento de jornalistas acerca das tecnologias assistivas e formas de acessibilizar também é parte do problema. Argumenta-se que não é possível ter um jornalismo verdadeiramente democrático e cidadão sem acessibilidade comunicativa. Para atingir o objetivo do artigo, usa-se a revisão bibliográfica (Barrichello, 2016) para delimitar campos teóricos e normativos. Os últimos são guias, legislações e orientações de acessibilidade para a comunicação tanto em nível nacional quanto internacional, que permitem, junto às teorias do jornalismo e da acessibilidade, estabelecer critérios para a construção dos indicadores. Com os mesmos redigidos, eles são testados nos sites de dois veículos jornalísticos, com entrevistas semi-abertas (Gil, 2008) de usabilidade com pessoas com deficiência, e outras com os editores dos veículos analisados. Conclui-se que a acessibilidade não é prioridade destes veículos jornalísticos, o que se evidencia pela baixa pontuação e pelos registros de ausências de tecnologias assistivas, da cultura jornalística que não prioriza valores de acessibilidade e do desconhecimento das melhores formas de incorporar a mesma em uma rotina produtiva.
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