Sob a lâmina da guilhotina: contribuição de Albert Camus para a Ecologia das Mídias
contribuição de Albert Camus para a Ecologia das Mídias
DOI:
https://doi.org/10.12795/Ambitos.2022.i58.08Palabras clave:
ecologia das mídias, Albert Camus, pena de morte, tecnologiaResumen
Este artigo tem como objetivo acrescentar à vertente da Ecologia das mídias as contribuições oportunizadas por Albert Camus em seu ensaio filosófico Reflexões sobre a guilhotina ([1957] 2022). Para isso, foi esboçada uma breve cronologia da tradição ecológica das mídias — amparada, sobretudo, no legado deixado por Marshall McLuhan ([1962] 1972; [1964] 1993) e Neil Postman (1993) — como forma de apresentar algumas de suas principais referências. Posto isso, por meio de uma metodologia, elaborada a partir do que o trabalho pretende alcançar, de abordagem qualitativa, de natureza teórica, lastreada em epistemologia construída na fundamentação do diálogo entre a perspectiva teórica mencionada e o ensaísmo de Albert Camus. Considerando a presença epistemológica de complementaridade, este dialogismo embutido no arrazoamento, pretende-se discorrer criticamente sobre a arguição do escritor argelino a fim de elucidar como esse contribui para a continuidade dos estudos ecológicos das mídias. Pode-se destacar, portanto, que os argumentos camusianos dão conta das as repercussões sociais e psicológicas proporcionadas pela inserção da guilhotina na sociedade francesa; representadas, em especial, pelo fomento da lei de talião no tecido social, estimulando que a noção de justiça se torne sinônimo de vingança e estimulando o despertar do sadismo incutido no coração dos seres. A invenção que deveria simbolizar o fim dos privilégios, na realidade, exime o Estado de culpa e centraliza toda a responsabilidade do desequilíbrio social em um sentenciado. Ao fim e ao cabo, a herança da guilhotina é a distorção da noção de justiça e individualização dos problemas coletivos.
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