Plataformização e vídeo 360°: implicações para o jornalismo no Brasil
implicações para o jornalismo no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.12795/Ambitos.2022.i56.06Palabras clave:
jornalismo, plataformização, vídeo 360 graus, Facebook, YouTubeResumen
O jornalismo enfrenta mais uma etapa de adaptações e ajustes que emergem através dos processos de plataformização. Novos formatos surgem através do uso de recursos oferecidos por empresas de tecnologia, que além de ofertarem condições de distribuição, elaboram estratégias de orientação e treinamento para jornalistas. Dentro dessa discussão, o foco deste trabalho são vídeos 360 graus com fins jornalísticos divulgados no cenário brasileiro. Diante disso, os objetivos são: 1) discutir a distribuição dos vídeos jornalísticos em 360 graus no contexto da plataformização, 2) entender como Facebook e YouTube influenciaram no desenvolvimento desse tipo de conteúdo, apontando vantagens e desvantagens dessa relação e 3) propor o uso do termo plataformas pedagogizantes para discutir as implicações desses recursos. Como marco teórico, as discussões partem do conceito de plataformização (Van Dijck et al., 2018) e de bibliografias sobre narrativas imersivas no jornalismo. A metodologia abarca um estudo exploratório, envolvendo pesquisa bibliográfica, pesquisa documental e entrevista com jornalistas. Dentre os resultados foi constatada uma dependência do Facebook e do YouTube para a distribuição de vídeos 360 graus, problemas de sustentabilidade da produção desse formato, incluindo a inviabilidade do investimento em aplicativos próprios. Concluímos que as narrativas jornalísticas brasileiras em vídeo 360 graus nasceram da própria lógica da plataformização, impulsionadas por empresas de plataformas e de tecnologia, numa relação na qual há ganhos e perdas.
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