Hora de pensar e construir comunidade

Houve um tempo em que a comunidade enfrentou, ergueu-se e costurou o entrelinhamento ideológico para que todos os diversos retalhos permanecessem solidários, para nos cobrir e dar abrigo a todos, a todas. Sem comunidade, nunca haveria possibilidade de pensamento nem de ação na história. Nem cultura. Nem educação. Lemos isso em Arendt. Lemos em Freire. Lemos em hooks. Lemos nos impactos de estilhaços em Pointe du Hoc. Nossa época algorítmica e pós-digital traduz-se em um tempo necessário para pensar a comunidade, pensar de forma plural sobre as preocupações contemporâneas. Continuar pensando nas entrelinhas, para costurá-las ideologicamente. O número 14 da Communiars. Revista de Imagem, Artes e Educação Crítica e Social desenvolve um discurso em torno das artes e de suas possibilidades educativas a partir da diversidade e da comunidade contemporânea. As diferentes autoras e autores que contribuem para este número apresentam ideias significativas para a prática educativo-artística em relação à alfabetização midiática e visual, à inteligência artificial e a possíveis componentes discursivos presentes na pintura e na instalação artística.. Este número reúne as contribuições de Silvia Capelo-Álvarez (Universidade da Coruña, Espanha); Paula Sánchez González (Universidad de Sevilla, Espanha); Víctor Murillo-Ligorred (Universidad de Zaragoza, Espanha) e Nora Ramos Vallecillo (Universidad de Zaragoza, Espanha); Dionisio Sánchez (Escuela Superior de Arte y Diseño de Valencia, Espanha) e Carla Moreno (Universidad Politécnica de Valencia, Espanha); Enrique Mena García (Universidad Católica San Antonio de Murcia, Espanha). Da coordenação de nossa revista, agradecemos o compromisso e o trabalho de todas as pessoas que contribuíram para esta publicação. Omnia sunt communia.