Estratégias das mulheres dos movimentos de moradia frente à Covid-19 no Brasil e na Argentina
stratégies spatiales des mouvements sociaux face au covid-19 au Brésil et en Argentine
DOI:
https://doi.org/10.12795/HabitatySociedad.2023.i16.06Palabras clave:
habitação social, movimento popular, gênero, autogestão, produção social do habitat, pandemiaResumen
As estratégias das mulheres dos movimentos sociais que lutam por moradia na América Latina diante da pandemia da Covid-19 serão investigadas através de entrevistas semiestruturadas com participantes do Movimento Sem Terra Leste 1 (MST-Leste1), em São Paulo, Brasil, e do Movimiento de Ocupantes e Inquilinos (MOI), em Buenos Aires, Argentina. O trabalho reprodutivo e de cuidado, e seu viés de gênero, classe e raça, foram temas de debate durante a pandemia, e a incapacidade do Estado em resolver as demandas e a crescente situação de vulnerabilidade social levaram ao surgimento de numerosas formas de ajuda mútua em territórios populares. Nos conjuntos habitacionais produzidos pela população organizada com base na autogestão, as redes de solidariedade estruturadas por mulheres, que também foram protagonistas na concepção e produção destes espaços, funcionaram de forma sistemática. As entrevistas demonstram o protagonismo das mulheres diante das demandas reprodutivas, destacando que a dimensão política do cuidado coletivizado, a práxis organizativa com base na autogestão dos movimentos populares e a disponibilidade de espaços comuns foram essenciais para enfrentar a pandemia.
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Aceptado 2023-06-12
Publicado 2023-11-24
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