Chões de Alpompé (Vale de Figueira, Santarém): lendas e narrativas

Autores/as

  • Ana Margarida Arruda Universidade de Lisboa
  • Carlos Pereira Universidade de Lisboa, Museo de Cáceres
  • Elisa De Sousa Universidade de Lisboa
  • João Pimenta CEAX (Centro de Estudos Arqueológicos Vila Franca de Xira)
  • Cleia Detry Universidade de Lisboa
  • João Gomes Arqueólogo Independente

DOI:

https://doi.org/10.12795/spal.2018i27.20

Palabras clave:

Estuário do Tejo, acampamentos militares, Décimo Júnio Bruto, guerras sertorianas, romanização.

Resumen

Os trabalhos de campo realizados em 2015 e 2016 nos Chões de Alpompé permitiram recolher abundante informação sobre as suas ocupações antigas. A existência de uma Idade do Ferro, que nos momentos iniciais é de matriz orientalizante e que está materializada em materiais e também em estruturas domésticas, tornou possível voltar ao debate acerca da localização de Móron, a “cidade” indígena sobre a qual Décimo Júnio Bruto instalou um acampamento em 138 a.n.e., agora com dados devidamente contextualizados. A tipologia do acampamento do Galaico pode também ser discutida tendo em consideração os dados agora obtidos, nomeadamente os que se referem à muralha de terra batida que envolve, em parte, o planalto e à estrutura negativa, de tipo “fosso”, paralela àquela detectada durante os trabalhos de campo. A sequência ocupacional do sítio e o papel que este representou durante as guerras sertorianas foram devidamente valorizados. As evidências de uma presença em época islâmica forneceram contornos mais precisos às informações textuais sobre a sua utilização como acampamento militar em meados do século XII.

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Biografía del autor/a

Ana Margarida Arruda, Universidade de Lisboa

Uniarq

Carlos Pereira, Universidade de Lisboa, Museo de Cáceres

Uniarq

FCT

Elisa De Sousa, Universidade de Lisboa

Uniarq

Cleia Detry, Universidade de Lisboa

Uniarq

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Publicado

2018-10-01

Cómo citar

Arruda, A. M., Pereira, C., Sousa, E. D., Pimenta, J., Detry, C. y Gomes, J. (2018) «Chões de Alpompé (Vale de Figueira, Santarém): lendas e narrativas», SPAL - Revista de Prehistoria y Arqueología, (27.2), pp. 201–227. doi: 10.12795/spal.2018i27.20.

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