Chões de Alpompé (Vale de Figueira, Santarém): lendas e narrativas
DOI:
https://doi.org/10.12795/spal.2018i27.20Palabras clave:
Estuário do Tejo, acampamentos militares, Décimo Júnio Bruto, guerras sertorianas, romanização.Resumen
Os trabalhos de campo realizados em 2015 e 2016 nos Chões de Alpompé permitiram recolher abundante informação sobre as suas ocupações antigas. A existência de uma Idade do Ferro, que nos momentos iniciais é de matriz orientalizante e que está materializada em materiais e também em estruturas domésticas, tornou possível voltar ao debate acerca da localização de Móron, a “cidade” indígena sobre a qual Décimo Júnio Bruto instalou um acampamento em 138 a.n.e., agora com dados devidamente contextualizados. A tipologia do acampamento do Galaico pode também ser discutida tendo em consideração os dados agora obtidos, nomeadamente os que se referem à muralha de terra batida que envolve, em parte, o planalto e à estrutura negativa, de tipo “fosso”, paralela àquela detectada durante os trabalhos de campo. A sequência ocupacional do sítio e o papel que este representou durante as guerras sertorianas foram devidamente valorizados. As evidências de uma presença em época islâmica forneceram contornos mais precisos às informações textuais sobre a sua utilização como acampamento militar em meados do século XII.Descargas
Métricas
Citas
Alarcão, J. (1983): Portugal Romano. Lisboa, Editorial Verbo (3.ª edição).
Alarcão, J. (2002): “Scallabis e o seu território”, in De Scallabis a Santarém: 37-46. Lisboa, Museu Nacional de Arqueologia.
Arruda, A. M. (1993): “A ocupação da Idade do Ferro da Alcáçova de Santarém no contexto da expansão fenícia para a fachada atlântica peninsular”. Estudos Orientais 4: 193-214.
Arruda, A. M. (1999-2000): Los fenicios en Portugal: Fenicios y mundo indígena en el Centro y sur de Portugal. Barcelona, Universidad Pompeu Fabra.
Arruda, A. M.; Pereira, C.; Sousa, E.; Pimenta, J. e Soares, R. (2015): Chões de Alpompé, 2015. Relatório Final. Lisboa, Relatório entregue à Direcção Geral do Património Cultural S-11870.
Arruda, A. M.; Sousa, E.; Pimenta, J.; Mendes, H. e Soares, R. (2014): “Alto do Castelo’s Iron Age occupation (Alpiarça, Portugal)”. Zephyrus 74: 143-155. http://dx.doi.org/10.14201/zephyrus201474143155
Bargão, P. (2006): As importações anfóricas durante a época romana republicana Alcáçova de Santarém. Tese de Doutoramento, Universidade de Lisboa. Inédita. http://repositorio.ul.pt/handle/10451/447
Cavada Nieto, M. (2009): “Décimo Junio Bruto en Hispania: las fuentes literarias”, in López Díaz, M. (coord.), Historia y Cultura. Estudios en homenaje al profesor José M. Pérez García: vol. I, 113-129. Vigo, Universidad de Vigo.
Davis, S. (1992): “A rapid method for recording information about mammal bones from archaeological sites”. Ancient Monuments Laboratory Ancient Monuments Laboratory Report 19: 1-14.
Davis, S. (2006): Faunal remains from Alcáçova de Santarém (Portugal). Lisboa, Instituto Português de Arqueologia.
Davis, S. (2007): The mammals and birds from the Iron Age and Roman periods of Castro Marim, Algarve, Portugal. Trabalhos do CIPA 107. Lisboa, Instituto Português de Arqueologia.
Detry, C. e Arruda, A.M. (2013): “A fauna da Idade do Ferro e Época romana de Monte Molião (Lagos, Algarve): continuidades e rupturas na dieta alimentar”. Revista Portuguesa de Arqueologia 15: 215-227.
Detry, C.; Cardoso, J. L. e Bugalhão, J. (2016): “A alimentação em Lisboa no decurso da Idade do Ferro: resultados das escavações realizadas no núcleo arqueológico da rua dos correeiros (Lisboa, Portugal)”. Spal 25: 67-82. http://dx.doi.org/10.12795/spal.2016i25.03
Diogo, A. D. (1982): “A propósito de “Morón”. Estudo de alguns documentos provenientes dos Chões de Alpompé (Santarém)”. Clio 4: 147-154.
Diogo, A. D. (1993): “Ânforas pré-romanas provenientes dos Chões de Alpompé”. Estudos Orientais 4: 215-227.
Diogo, A. D. e Trindade, L. (1993-1994): “Materiais provenientes de Chões de Alpompé (Santarém)”. Conímbriga 33: 263-281.
Fabião, C. (1989): Sobre as ânforas do acampamento Romano da Lomba do Canho (Arganil). Lisboa, Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa.
Fabião, C. (2014): “Por este rio acima: conquista e implantação romana no ocidente
da península ibérica”. Cira Arqueologia 3: 9-24.
Fabião, C.; Pereira, T. e Pimenta, J. (2015): “Coleção de metais do sítio arqueológico dos Chões de Alpompé – Santarém”. Cira Arqueologia 4: 110-150.
Ferreira, C. B.; Catarino, J. P. e Pinho, L. S. (1993): “Chões de Alpompé. Síntese cultural”. Revista ESES 1: 55-63.
Girão, A. e Bairrão Oleiro, J. (1953): “Geografia e campos fortificados romanos”. Boletim do Centro de Estudos Geográficos 7: 77-80.
Kalb, F. e Hock, M. (1988): “Moron”. Conimbriga 27: 189-201.
Mantas, V. (1986): “Arqueologia urbana e fotografia aérea: contributo para o estudo do urbanismo antigo de Santarém, Évora e Faro”. Trabalhos de Arqueologia 3: 13-26.
Morillo Cerdán, A. (1991): “Fortificaciones campamentales de época romana en España”. Archivo Español de Arqueología 64: 135-190.
Morillo Cerdán, A. (2008): “Criterios arqueológicos de identificación de los campamentos romanos en Hispania”. Salduie 8: 73-93.
Morillo Cerdán, A. (2014): “Modelos de arquitectura militar e implantación territorial de los campamentos republicanos en Hispania”, in R. Mataloto, V. Mayoral Herrera e C. Roque (eds.), La gestación de los paisajes rurales entre la protohistoria y el período romano. Formas de asentamiento y procesos de implantación: 227-252. Mérida, CSIC.
Pimenta, J. (2005): As ânforas romanas do Castelo de São Jorge (Lisboa). Lisboa, Instituto Português de Arqueologia.
Pimenta, J. (2013): “A Arquitetura do Monte dos Castelinhos”, in Catálogo Exposição Monte dos Castelinhos (Castanheira do Ribatejo): Vila Franca de Xira e a conquista romana no Vale do Tejo: 31-42. Vila Franca de Xira, Câmara Municipal.
Pimenta, J.; Henriques, E. e Mendes, H. (2012): O acampamento romano de Alto dos Cacos – Almeirim. Almeirim, Câmara Municipal.
Pimenta, J. e Arruda, A. M. (2014): “Novos dados para o estudo de Chões de Alpompé (Santarém)”. Estudos Arqueológicos de Oeiras 21: 375-392.
Pimenta, J.; Calado, M. e Leitão, M. (2014): “Novos dados sobre a ocupação pré-romana da cidade de Lisboa. A intervenção da Rua de São João da Praça”, in A. M. Arruda (ed.), Fenícios e Púnicos por terra e mar 2: 712-723. Lisboa, Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa.
Ramon Torres, J. (1995): Las Ánforas Fenicio-Púnicas del Mediterráneo Central y Occidental. Barcelona, Universidad de Barcelona.
Ribera Lacomba, A. (1998): La fundació de Valencia. La ciutat a l’època romana repulicana (Segles II-I a. de C.). Valencia, Universidad de Valencia.
Ribera Lacomba, A. (2002): “El papel militar de la fundación de Valentia (138 a.n.e.): historia y arqueología”, in A. Morillo Cerdán, F. Cadiou e D. Hourcade (coords.), Defensa y Territorio en Hispania de los Escipiones a Augusto (espacios urbanos y rurales y provinciales): 363-390. Madrid, Casa de Velázquez.
Rodrigo, E.; Gutiérrez García-Moreno, A.; Álvarez, A.; Pitarch, A.; Mercado, M. e Guitart, J. (2013): “El yacimiento de Can Tacó (Vallès Oriental, Cataluña) y el inicio de la arquitectura de tipo itálico en la Península Ibérica. Análisis de los materiales constructivos cerámicos (tegulae y imbrex)”, in Actas del I Congreso Internacional sobre Estudios Cerámicos. Homenaje a la Dra. M. Vegas: 1572-1594. Cádiz (2010), Cádiz, Universidad de Cádiz.
Rodrigo, E.; Carreras, C. e Pera, J. (2014): “La presencia romana en el NE de la Provincia Citerior durante el siglo II A.C. Aproximación arqueológica a partir de los yacimientos de Can Tacó (Montmeló, Barcelona) y Puig Castellar (Biosca, Lleida)”, in Actas da II Reunião Cientifica As Paisagens da Romanização – Fortins e ocupação do território no séc. II a.C. – I d. C.: 191-209. Redondo – Alandroal (2012), Madrid, CSIC.
Ruivo, J. (1997): “O conflito Sertoriano no Ocidente Hispânico: o testemunho dos tesouros monetários”. Archivo Español de Arqueología 70: 91-100.
Ruivo, J. (1999): “Moedas do acampamento romano-republicano dos Chões de Alpompé (Santarém)”, in R. Centeno, M. García-Bellido e G. Mora (eds.), Rutas, Ciudades y Moneda en Hispania. Actas del II Encuentro Peninsular de Numismática antigua: 101-110. Porto (1997), Madrid, CSIC.
Ruivo, J.; Sales, P.; Lourenço, S. e Barros, P. (2015): “O tesouro romano-republicano do Casal Ascenso Antunes (Ferreira do Zêzere, Santarém, Portugal)”. Conímbriga 54: 133-156.
Sabugo Sousa, N. (2007): “Hispania: huellas de la conquista romana. Aproximación al estudio de los fosos de los asentamientos militares peninsulares”. Estudios Humanísticos 6: 19-46.
Sousa, E. (2014): A ocupação pré-romana da foz do Estuário do Tejo. Lisboa, Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa.
Sousa, E. e Pimenta, J. (2014): “A produção de ânforas no Estuário do Tejo durante a Idade do Ferro”, in R. Morais, A. Fernández e M. J. Sousa (eds.), As produções cerâmicas de imitação na Hispânia: 303-315. Porto, Universidade do Porto.
Ulbert, G. (1984): Cáceres el viejo. Ein spätrepublikanisches Legionslager in Spanisch-Estremadura. Mainz-am-Rhein, Philipp von Zabern.
Valenzuela, S. e Fabião, C. (2012): “Ciervos, ovejas y vacas: el registo faunístico de Mesas do Castelinho (Almodôvar) entre la Edad del Hierro y época romana”, in Actas V Encontro de Arqueologia do Sudoeste Peninsular: 413-432. Almodôvar (2010), Almodôvar, Câmara Municipal.
Valenzuela, S. e Detry, C. (2017): “Romanización y Arqueozoología en el limes del Imperio. El caso de Lusitania entre la Edad del Hierro y el Bajo Imperio (s. VIII a.C.-V d.C.)”. Archaeofauna 26: 39-51. http://hdl.handle.net/10261/156922
Viegas, C. e Arruda, A. M. (1999): “Cerâmicas islâmicas da Alcáçova de Santarém”. Revista Portuguesa de Arqueologia 2-2: 105-186.
Zbyszweski, G.; Ferreira, O. da V. e Santos, C. (1968): “Acerca do campo fortificado de Chões de Alpompé (Santarém)”. O Arqueólogo Português III-2: 49-57.
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
- Resumen 508
- PDF (Português (Portugal)) 52
- HTML (Português (Portugal)) 248