Como é a escrita das crianças diagnosticadas com dislexia? Uma reflexão neurolinguística
Palabras clave:
Neurolinguística, lectura, escrita, dislexia, patologização. Neurolinguistics, redding, writing, dyslexia, pathologization.Resumen
Partindo dos pressupostos teóricos e metodológicos da Neurolinguística de orientação discursiva, este artigo propõe uma reflexão sobre como dificuldades normais do processo de aquisição de leitura e escrita têm sido frequentemente interpretadas como sintomas de dislexia. Analisaremos as chamadas trocas na escrita como instabilidades constitutivas do aprendizado e hipóteses construídas pela criança que ainda não está familiarizada com as arbitrariedades do sistema ortográfico. Apontamos, portanto, para a de patologização do processo da leitura e da escrita e para as implicações negativas que um diagnóstico que desconsidere questões próprias da língua pode ter na vida das crianças.
Starting from the theoretical and methodological assumptions of the Neurolinguistic of discursive orientation, this article proposes a reflection on how normal difficulties of the process of acquisition of reading and writing have been frequently seen as symptoms of dyslexia. We analyze the so-called trades of vowels in writing as constitutive instabilities of learning and hypotheses built by the child who is not yet familiar with the arbitrariness of the orthographic system. We point, therefore, to the pathologization of the process of reading and writing and to the negative implications that a diagnosis that ignores the language specific characteristics might have in children’s lives.
Descargas
Citas
ABAURRE, M. B.: Dados da escrita inicial: indícios de constituição da hierarquia de constituintes silábicos?. En HERNANDORENA, C. L. M. (2001); Aquisição de Língua Materna e de Língua Estrangeira: aspectos fonético-fonológicos. Pelotas: Educat, pp. 63-85.
AGAMBEN, G.: O que é um dispositivo? En AGAMBEN, G. (2010); O que é contemporâneo? E outros ensaios. Chapecó: Argos.
ALKMIN, T.M. (2009): Língua portuguesa: objeto de reflexão e de ensino. Campinas: Cefiel, Unicamp.
ANTONIO, G.D. (2010): Da sombra a luz: a patologização de crianças sem patologia. Campinas: Dissertação (Mestrado em Linguística) – Instituto de Estudos da Linguagem da UNICAMP.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE DISLEXIA. (2016): O que é Dislexia?, Disponível em: http://www.dislexia.org.br/o-que-e-dislexia/ (acesso em 16 de novembro de 2017).
BORDIN, S. S. (2008): Fala, leitura e escrita: encontro entre sujeitos. Campinas: Tese (Doutorado em Linguística) – Instituto de Estudos da Linguagem da UNICAMP.
CAGLIARI, L. C. (2009): Alfabetizando sem o BA-BE-BI-BO-BU. São Paulo: Scipione.
CAGLIARI, L. C. (1997): Alfabetização e lingüística. São Paulo: Scipione.
COUDRY, M. I.H.: Patologia estabelecida e vivências com o escrito: o que será que dá? Em ENAL (2007): Anais do 7º Encontro Nacional sobre Aquisição da Linguagem. Porto Alegre.
_____ (1988): Diário de Narciso: Discurso e afasia. São Paulo: Martins Fontes.
COUDRY, M.I.H; FREIRE, F.: Pressupostos teórico-clínicos da Neurolinguística Discursiva (ND). En COUDRY, M. I. H et al. (eds.) (2010): Caminhos da Neurolinguística Discursiva: teorização e práticas com a linguagem. Campinas: Marcado das Letras.
_____ (2005): O trabalho do cérebro e da linguagem: a vida e a sala de aula. Campinas: Cefiel, Unicamp.
COUDRY, M.I.H.; BORDIN, S.: “Afasia e infância: registro do (in)esquecível”. Cadernos de Estudos Lingüísticos, n. 54 (Jan/Jun 2012).
COUDRY, M.I.H.; SCARPA, E. M. “De como a avaliação de linguagem contribui para inaugurar ou sistematizar o déficit”. Cadernos Distúrbios da Comunicação, v.2 (1985).
FARACO, C. A. (2012): Linguagem escrita e alfabetização. São Paulo: Contexto;
FRANCHI, C.: “Linguagem – Atividade Constitutiva”. Revista Almanaque, v. 5 (1977).
FREUD, S. (1973): La afasia. Buenos Aires: Ediciones Nueva Visión.
GINZBURG, C. (2011): Mitos, emblemas, sinais: morfologia e história. São Paulo: Companhia das Letras.
HALLE, M.; VERGNAUD, J.R. (1978): Metrical Structures in Phonology. Cambridge, MA: MIT.
HELLER-ROAZEN, D. (2005): Ecolalias: sobre o esquecimento das línguas. Campinas (SP): Editora UNICAMP, 2010.
LURIA, A. R. (1979): Curso de Psicologia Geral. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira.
_____ : “O desenvolvimento da escrita na criança”. En VYGOTSKY, S; LEONTIEV, A. (2001): Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo: Ícone.
MOYSES, M. A.; COLLARES, C. Dislexia e TDAH: uma análise a partir da ciência médica. En CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA DE SÃO PAULO (ed.) (2010): Medicalização de Crianças e Adolescentes: conflitos silenciados pela redução de questões sociais a doenças de indivíduos. São Paulo: Casa do Psicólogo.
MOUTINHO, I. Contribuições da Neurolinguística Discursiva para a formação de professores. Revista Pesquisa Qualitativa, v. 4, n. 6, (dez. 2016) pp. 289-310.
MOUTINHO, I. Análise Qualitativa da Escrita das Crianças em Processo de Alfabetização. En CIAIQ (2017): Atas do VI Congresso Ibero-Americano em Investigação Qualitativa, Salamanca, 12-14 de julho de 2017. Salamanca, Espanha: pp. 1970-1981.
MULLER, L. M. (2013): Sujeitos, histórias e rótulos: a leitura e a escrita de crianças e jovens diagnosticados com dislexia. Campinas: Dissertação (Mestrado em Linguística) __________________ Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp.
POSSENTI, S. (2005): Aprender a escrever (re)escrevendo. Campinas: Ceifel, Unicamp.
PRESTES, Z. R. (2010): Quando não é quase a mesma coisa: Análise de traduções de Lev Semionovitch Vigotski no Brasil. Repercussões no campo educacional. Brasília: Tese (Doutorado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade de Brasília.
SAUSSURE, F. (2006): Curso de linguística geral. Rio de Janeiro: Cultrix.
SCARPA, E.: Aquisição da linguagem e aquisição da escrita: continuidade ou ruptura? En: GEL (1995). Atas do Seminário do GEL, Campinas.
SELKIRK, E.: The Syllable. En VAN DER HULST, H.; SMITH, N. (eds) (1982): The Structure of Phonological Representations (Part II). Dordrecht: Foris.
SIGNOR, R. e SANTANA, A. P. (2016): TDAH e medicalização: implicações neurolinguísticas e educacionais do déficit de atenção /Hiperatividade. São Paulo: Plexus
VYGOTSKY, L. S. (2005): Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes.
_____ (2004): Psicologia Pedagógica. São Paulo: Martins Fontes.
Descargas
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Ámbitos. Revista Internacional de Comunicación es una revista de acceso abierto, lo que significa que todo su contenido está disponible gratuitamente para el usuario o su institución. Los usuarios pueden leer, descargar, copiar, distribuir, imprimir, buscar o enlazar con el texto completo de los artículos, o utilizarlos para cualquier otro fin lícito, sin solicitar permiso previo al editor o al autor. Esta definición de acceso abierto se ajusta a la Iniciativa de Acceso Abierto de Budapest (BOAI).

A menos que se indique lo contrario, todo el contenido de la edición electrónica se distribuye bajo una " licencia internacional Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 ". Puede consultar la versión informativa y el texto legal de la licencia aquí. Esto debe indicarse expresamente de esta manera cuando sea necesario.
En caso de aceptación del manuscrito, los autores ceden los derechos de la obra para su publicación a Ámbitos. Revista Internacional de Comunicación bajo el contrato de licencia Reconocimiento-NoComercial-CompartirIgual 4.0 Internacional (CC BY-NC-SA 4.0). Los autores conservan los derechos de autor y terceros están autorizados a copiar, distribuir y hacer uso de la obra, siempre que cumplan con los términos y condiciones establecidos en la licencia.
- Citar la autoría y la fuente original de publicación (revista, editorial y URL de la obra).
- No los utilice con fines comerciales.
- Si remezcla, transforma o crea a partir del material, debe publicar sus contribuciones bajo la misma licencia que el original.
Se puede encontrar más información en https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/deed.es
















