Inconsciente coletivo e redes sociais: a ira no comando
DOI:
https://doi.org/10.12795/Ambitos.2025.i68.03Palabras clave:
Comunicación, Imaginario, Tecnología, Inconsciente colectivo, Guerras culturalesResumen
Os sistemas de inteligência artificial (IA) sustentam diversas aplicações tecnológicas que operam sem intervenção humana. Seu avanço acelerou-se em 2016 com o surgimento da IA generativa, capaz de produzir textos, imagens e vídeos a partir de comandos em linguagem natural. Contudo, uma de suas aplicações mais impactantes já moldava a realidade desde os anos 1990: as redes sociais. Projetadas para amplificar a polarização cultural, elas se alinham ao que Gilbert Durand chamou de regimes do imaginário, estruturas simbólicas enraizadas num inconsciente biopsicossocial, onde forças arquetípicas – como a ira – mobilizam emoções coletivas. Diante da ira alheia, é difícil permanecer indiferente. Por isso, essa emoção tornou-se o combustível do engajamento digital, definindo o sucesso ou fracasso das plataformas. Este texto reflete sobre a relação entre IA e inconsciente coletivo, analisando como as redes sociais corporificam fenômenos comunicacionais polarizadores. A metodologia filosófica adotada segue dois eixos: a) formulação do paradoxo: explorando contradições, como o fato de a raiva aumentar o engajamento, mas corroer o debate racional; b) análise de pressupostos ocultos: questionando, por exemplo, a ideia de que todo engajamento é positivo ou que a raiva é inevitável na esfera pública. Conclui-se que as tecnologias de comunicação, alimentadas por IA, intensificam os mecanismos do inconsciente coletivo, gerando um imaginário polarizado que alimenta guerras culturais e obstrui avanços políticos necessários para um futuro mais viável.
Descargas
Citas
Alighieri, D. (2002). A divina comédia: texto integral. Martin Claret.
Almeida, M. V. P., & Pereira, R. R. (2020). De Ira de Sêneca e a discussão sobre a raiva. Perspectiva Filosófica, 47(1), 141-158. https://doi.org/10.51359/2357-9986.2020.248341
Baudrillard, J. (1995). A sociedade de consumo. Elfos.
Bíblia Sagrada Ave-Maria. (2023). Editora Ave-Maria.
Bosco, F. (2017). A vítima tem sempre razão? Todavia.
Castells, M. (2003). A galáxia Internet: reflexões sobre a Internet, negócios e a sociedade. Zahar.
Castells, M. (2017). Redes de indignação e esperança: movimentos sociais na era da internet. Zahar.
Citton, Y. (2020). A economia da atenção: Novos horizontes para a vida intelectual. Editora Autêntica.
Costa, R. (2024, 20 de setembro). Teologia coach e naturalização da violência [Entrevista]. Agência Pública. https://tinyurl.com/ru68xvbm
Crawford, M. B. (2015). The world beyond your head: On becoming an individual in an age of distraction. Farrar, Straus and Giroux.
Damaceno, S. S., & Vasconcelos, R. O. (2018). Inteligência artificial: uma breve abordagem sobre seu conceito real e o conhecimento popular. Caderno de Graduação - Ciências Exatas e Tecnológicas - UNIT - SERGIPE, 5(1), 11-16. https://tinyurl.com/ypxmyh76
Durand, G. (2012). As estruturas antropológicas do imaginário: Introdução à arquetipologia geral. Editora WMF.
Durand, G. (2016). Les structures anthropologiques de l’imaginaire. Dunod.
Figueiredo, A. M. (2008). Ética: origens e distinção da moral. Saúde Ética & Justiça, 13(1), 1-9. https://tinyurl.com/49hxk36j
Fisher, M. (2022). A máquina do caos: como as redes sociais reprogramaram nossa mente e nosso mundo. Todavia.
Gewehr, R. B. (2013). L’inconscient phylogénétique versus l’inconscient collectif: Contribution au dialogue entre Freud et Jung. Revue de Psychologie Analytique, 1(1), 75-97. https://tinyurl.com/yeyxv8z5
Hamlin, J. K., Wynn, K., & Bloom, P. (2011). How infants and toddlers react to antisocial others. Proceedings of the National Academy of Sciences, 108(50), 19931-19936. https://doi.org/10.1073/pnas.1110306108
Hesíodo. (2009). Teogonia: A origem dos deuses. Iluminuras.
Hunter, J. D. (1991). Culture wars: The struggle to define America. Basic Books.
Jenkins, H. (2009). Cultura da convergência. Aleph.
Jenkins, H. (2014). Cultura da conexão. Aleph.
Jung, C. G. (2007). O eu e o inconsciente. Vozes.
Jung, C. G. (2014). Os arquétipos e o inconsciente coletivo. Vozes.
Lévy, P. (1993). As tecnologias da inteligência: O futuro do pensamento na era da informática. Editora 34.
Lévy, P. (2010). Cibercultura. Editora 34.
Lostra, F. (2007). L’inconscient, une polysémie revisitée par la neurobiologie. Cahiers de psychologie clinique, 29(2), 11-27. https://tinyurl.com/2zx8ewbz
Marçal, P. (2021). Você quer prosperar na internet, mas será que aguenta os haters? https://tinyurl.com/4es75wun
Nery, C., & Britto, V. (2022, 16 de setembro). Internet já é acessível em 90,0% dos domicílios do país em 2021. Agência de Notícias - IBGE. https://tinyurl.com/6w35vm2c
Nicolelis, M. (2024, 17 de junho). Inteligência Artificial não é inteligente, nem artificial [Entrevista]. Band News, Canal Livre. https://tinyurl.com/32jsydzb
Pacete, L. G. (2023, 9 de março). Brasil é o terceiro maior consumidor de redes sociais em todo o mundo. Forbes Brasil. https://tinyurl.com/3mb88r66
Pânico. (2024, 29 de abril). [Programa de rádio]. Jovem Pan. https://tinyurl.com/4ftdcssp
Pariser, E. (2012). A bolha: O que a internet está escondendo de você. Zahar.
Sapolsky, R. M. (2017). Comporte-se: A biologia humana em nosso melhor e pior. Companhia das Letras.
Schultz, W. (2020). Dopamine signals for reward value and risk: Basic and recent data. Behavioral and Brain Functions, 6(1), 1-9. https://doi.org/10.1186/1744-9081-6-24
Sêneca, L. (2014). Sobre a ira. Sobre a tranquilidade da alma. Companhia das Letras.
Teixeira Vieira de Melo, C., & Vaz, P. (2021). Guerras culturais: conceito e trajetória. Revista Eco-Pós, 24(2), 6-40. https://doi.org/10.29146/ecopos.v24i2.27791
Tomás de Aquino. (2000). Sobre o ensino (De magistro) e Os sete pecados capitais. Martins Fontes.
Vierne, S. (1993). Mythocritique et mythanalyse. Iris, (13), 43-56. https://tinyurl.com/msrx7t2t
Wilde, O. (2000). O retrato de Dorian Gray. Abril Controljornal.
Zuboff, S. (2020). A era do capitalismo de vigilância. Intrínseca.
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 Ana Tais Martins, Francisco Santos

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-CompartirIgual 4.0.
Ámbitos. Revista Internacional de Comunicación es una revista de acceso abierto, lo que significa que todo su contenido está disponible gratuitamente para el usuario o su institución. Los usuarios pueden leer, descargar, copiar, distribuir, imprimir, buscar o enlazar con el texto completo de los artículos, o utilizarlos para cualquier otro fin lícito, sin solicitar permiso previo al editor o al autor. Esta definición de acceso abierto se ajusta a la Iniciativa de Acceso Abierto de Budapest (BOAI).

A menos que se indique lo contrario, todo el contenido de la edición electrónica se distribuye bajo una " licencia internacional Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 ". Puede consultar la versión informativa y el texto legal de la licencia aquí. Esto debe indicarse expresamente de esta manera cuando sea necesario.
En caso de aceptación del manuscrito, los autores ceden los derechos de la obra para su publicación a Ámbitos. Revista Internacional de Comunicación bajo el contrato de licencia Reconocimiento-NoComercial-CompartirIgual 4.0 Internacional (CC BY-NC-SA 4.0). Los autores conservan los derechos de autor y terceros están autorizados a copiar, distribuir y hacer uso de la obra, siempre que cumplan con los términos y condiciones establecidos en la licencia.
- Citar la autoría y la fuente original de publicación (revista, editorial y URL de la obra).
- No los utilice con fines comerciales.
- Si remezcla, transforma o crea a partir del material, debe publicar sus contribuciones bajo la misma licencia que el original.
Se puede encontrar más información en https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/deed.es
















