A ocupação da Idade do Ferro de Lisboa (Portugal): novos dados sobre as intervenções realizadas no Largo de Santa Cruz do Castelo
DOI:
https://doi.org/10.12795/spal.2023.i32.13Palabras clave:
Extremo-ocidente, 1º milénio a.C., colonização fenícia, cultura material, faseamentoResumen
Neste trabalho apresentam-se os dados estratigráficos e materiais resultantes de uma escavação de arqueologia urbana efectuada no topo da Colina do Castelo de São Jorge (Lisboa, Portugal), correspondente ao núcleo primário da ocupação da Idade do Ferro. Foram documentadas cinco fases de ocupação, integradas cronologicamente entre o século VII e IV a.C. O espólio recuperado nos níveis conservados, que engloba ânforas, cerâmicas de engobe vermelho, cerâmicas cinzentas, comuns e pintadas, e também produções manuais e alguns escassos artefactos metálicos, é analisado na sua globalidade. Foram totalizados mais de 780 indivíduos, correspondendo a um dos maiores conjuntos artefactuais recolhidos, até ao momento, na cidade.
Os dados obtidos permitem tecer algumas considerações sobre a evolução deste núcleo ao longo do 1° milénio a.C., colmatando algumas lacunas do seu faseamento e consolidando as seriações artefactuais e cronológicas para o Baixo Tejo.
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