O PROJETO PARA O PAVILHÃO BRASILEIRO NA EXPO’ 92 EM SEVILHA E A CHAMADA “ARQUITETURA PAULISTA” / The project for the Brazil Pavilion in Expo’92 in Seville and the so called “Paulista architecture”
DOI:
https://doi.org/10.12795/ppa.2012.i7.08Palavras-chave:
concurso, arquitetura brasileira, Expo 92 Sevilha, arquitetura paulista / competition, brazilian architecture, Expo’92 Seville, Paulista architectureResumo
RESUMO Este artigo discute a polêmica em torno do projeto vencedor do concurso organizado pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil para o Pavilhão Brasileiro na Expo’ 92, na cidade de Sevilha, Espanha, as opiniões dos críticos de arquitetura proferidas à época da divulgação dos resultados e os seus desdobramentos para a arquitetura brasileira. No início da década de 90, esse concurso foi uma espécie de polarizador de ideias no país, entre os arquitetos que eram favoráveis a uma renovação dos projetos e os que defendiam uma retomada da tradição arquitetônica nacional, sob a forma de edifícios com grandes vãos construídos em concreto armado, oriundos da chamada “arquitetura paulista”, notabilizada pelos trabalhos realizados a partir da década de 60, por importantes arquitetos como Vilanova Artigas e Paulo Mendes da Rocha. No entanto, as referências modernistas no partido adotado pelo projeto vencedor, de autoria dos arquitetos: Ângelo Bucci, Álvaro Puntoni e José Oswaldo Vilela, traziam consigo controvérsias, por conta das dificuldades em torno da possibilidade de retomada das lições dos velhos mestres modernos em face dos novos tempos que se descortinavam com o fim da ditadura militar no Brasil e com o processo de abertura dos mercados, ao mesmo tempo em que abriam caminho para um processo de revalorização da chamada “arquitetura paulista”.
SUMMARY This article discusses the controversy surrounding the winning project of the competition organized by the Brazilian Ministry of Foreign Affairs for the Brazilian pavilion at the Expo’92 in Seville, Spain; the views of architecture critics made at the time of the results, and, their implications for Brazilian architecture. At the beginning of the 90s, this competition was a kind of confrontation of ideas, between the architects who were in favour of a renewal of architecture and those who defended the resumption of national architectural traditions, buildings with large spans, constructed in reinforced concrete. These architects were the heirs of the so called “Paulista architecture”, which was characterised by the work undertaken from the 60’s by important architects such as Vilanova Artigas and Paulo Mendes da Rocha. The modern references adopted by the winning project, from the architects Ângelo Bucci, Álvaro Puntoni and José Oswaldo Vilela, sparked controversies because of the difficulty of resuming the teachings of the old modern masters when faced with new times. These controversies were related to the end of the military dictatorship in Brazil and the process of opening markets, and by the relevance of a re-evaluation of the so-called “Paulista architecture”.
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