Palabras clave
Indígenas Xikrin
Caza
Etnografía multiespecie
Ecología
Semiótica
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Resumen
Este artículo analiza la relación entre los pueblos amerindios y la selva amazónica, haciendo hincapié en las prácticas de caza y la formación del paisaje. Se basa principalmente en una investigación etnográfica realizada entre los Xikrin de Bacajá y destaca la ecología de los caminos multiespecie, en los que los humanos y los más que humanos interactúan en una dinámica de reciprocidad. Se exploran las expediciones de caza para comprender cómo se produce la selva, no sólo como espacio físico, sino como territorio vivo en constante transformación, influido por una diversidad de agentes, entre ellos animales, plantas y espíritus. La caza, lejos de ser una práctica utilitaria, enlaza a los protagonistas en dinámicas arraigadas en la memoria, el conocimiento ecológico, el desarrollo de habilidades y la producción de ritmos y sincronías derivados de vínculos interdependientes en el ambiente. El estudio constituye una reflexión sobre los impactos contemporáneos en las prácticas tradicionales de caza y conservación, sugiriendo un enfoque que reconcilie naturaleza y cultura, considerando la selva como un campo de agencias multiespecie en disputa.
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