Resumen
Quando vemos um filme não esperamos que nossas ações interfiram na narrativa, não experimentamos o sentimento de agenciamento. Porém, em alguns filmes digitais podemos nos defrontar com situações em que a narrativa é dinamicamente alterada pela nossa participação. Podemos interferir na história e ajudar personagens resolverem seus problemas. O artigo propõe esta reflexão através do roteiro e discussão sobre o sistema de interface física-transparente do filme interativo Arthur 2.0, em fase de produção. Esse sistema integra softwares e dispositivos que permitem o mapeamento dos olhos do interator a partir de óculos integrados com um dispositivo eye-tracking.
Citas
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