Crónicas jornalísticas no feminino: impressões de um quotidiano instável no final do Estado Novo
DOI:
https://doi.org/10.12795/RiCH.2021.i16.05Palavras-chave:
Crónica, Escritoras Portuguesas, Feminino, Jornalismo, MulherResumo
Nos anos finais da ditadura do Estado Novo, mesmo com a actuação da censura prévia e de outras constrições, a imprensa periódica desempenhou um papel relevante de sensibilização crítica, nomeadamente ao nível da consciencialização do lugar e identidade do feminino. Através de um “corpus” de três livros de crónicas escritas nessa época por três escritoras (Maria Judite de Carvalho, Agustina Bessa-Luís e Maria Teresa Horta), procura-se desenvolver uma reflexão em torno da problematização da questão da Mulher, através da flexibilidade e abertura do género da crónica, simultaneamente jornalística e literária. Adoptando estilos diversos, as três escritoras apresentam um apreciável contributo para essa reflexão em torno da condição feminina, questão muito discutida na época.
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