História indígena no Brasil independente: da ameaça do desaparecimento ao protagosnismo e cidadania diferenciada

Autores/as

  • Gersem Baniwa Universidade de Brasília

DOI:

https://doi.org/10.12795.araucaria.2022.i51.12

Palabras clave:

Povos Indígenas, História indígena, Brasil indígena, Ciudadania indígena

Resumen

O indígena brasileiro sempre foi uma parte constitutiva do processo de formação territorial, social e política do Brasil e sua conformação sociocultural, econômica e geopolítica não pode ser compreendida sem considerar as populações aqui estabelecidas desde milhares de anos, com suas formas de organização sociocultural e domínio territorial. Os povos indígenas contribuíram com as riquezas de suas terras, com seus conhecimentos milenares e com seu suor e sangue para a construção da nação brasileira. Este exercício narrativo da história indígena no Brasil também é um exercício de autonomia do pensar indígena, enquanto sujeito de sua história e de seu destino, desmentindo a visão tradicional de sua passividade frente ao processo de conquista e construção do Brasil.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Métricas

Cargando métricas ...

Biografía del autor/a

Gersem Baniwa, Universidade de Brasília

Gersem Baniwa é doutor em Antropologia Social e professor associado da Universidade de Brasília (UnB). É autor das obras: O índio brasileiro: o que você precisa saber sobre os povos indígenas no Brasil de hoje (Brasília: Ministério da Educação; Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade; LACED/Museu Nacional, 2006); Educação para manejo do mundo: entre a escola ideal e a escola real no Alto Rio Negro (Rio de Janeiro: Contra-Capa; Laced, 2013); Educação Escolar Indígena no século XXI: encantos e desencantos (Rio de Janeiro: Mórula; Laced, 2019); De Gersem Baniwa para as pessoas que sonham um outro Brasil in Cartas para o Bem Viver (Salvador: Boto-cor-de-rosa livros arte e café / Paralelor3S, 2020); Saberes indígenas e resistência linguística in Suleando conceitos em linguagens: decolonialidades e epistemologias outras (Campinas-SP: Pontes Editores, 2022); (Re)conexão com a ancestralidade como forma de resistência e superação da crise civilizatória da pós-modernidade desvairada in Campo minado: crise, trabalho e saúde no Brasil em tempos de pandemia da covid-19 (Sistematização das normas eleitorais: eixo temático VII: participação política dos grupos minorizados. – Brasília: Tribunal Superior Eleitoral, 2022).

Citas

Amoroso & Saez 1995: O. C. Amoroso & Saez, “Filhos do norte: o indigenismo em Gonçalves Dias e Capistrano de Abreu”. In: S. Aracy; L. D. Donizete (orgs.). A temática indígena na escola. Brasília: MEC; MARI. UNESCO, 1995.

Baniwa 2019: G. Baniwa, Educação escolar indígena no século XXI: encantos e desencantos. Rio de Janeiro: Mórula, Laced, 2019.

Braudel 1979: F. Brudel, Civilization materiéle, économic et capitalisme XV e- XVIII e siécle. Tome I. Paris, Armand Colin, 1979.

Couto 1998: J. Couto, A Construção do Brasil. Lisboa: Editora Cosmos, 1998.

Cunha 1994: M. C. da Cunha, O futuro da questão indígena. Estudos Avançados 8(20), 1994.

Denevan 1976: W. Denevan, “The aboriginal population of Amazonia”. In: W. Denevan (ed.) The native population of the Americas. The University of Wisconsin Press, 1976, p. 205-235.

Fausto 2010: C. Fausto, Os Índios antes do Brasil. 4.ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2020.

Holanda 1970: S. B. de Holanda, História geral da civilização brasileira: à época colonial. São Paulo: Difel, 1970 (Tomo II).

IBGE 2005: IBGE 2002, Coordenação de População e Indicadores Sociais. Tendências demográficas: uma análise dos indígenas com base nos resultados da amostra dos censos demográficos 1991 e 2000. Rio de Janeiro: IBGE, 2005.

Luciano 2006: G. J. S. Luciano, O índio brasileiro: o que você precisa saber sobre os povos indígenas no Brasil de hoje. Brasília: SECAD/MEC; LACED/Museu Nacional, 2006.

Neves 2006: E. G. Neves, Arqueologia da Amazônia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2006.

Oliveira e Freire 2006: J. P. de Oliveira e C. A. R. Freire, A Presença Indígena na Formação do Brasil. Brasília: SECAD/MEC; LACED/Museu Nacional, 2006.

Santilli 2000: M. Santilli, Os brasileiros e os índios. São Paulo: Ed. SENAC/SP, 2000.

Schaan 2015: D. Schan, “O legado e a sabedoria das civilizações da Amazônia”. Entrevista concedida ao Blog Conexão Planeta e publicada no dia 28/09/2015 no site conexaoplaneta.com.br/blog (acessado no dia 12/05/2022).

Silva e Penha da Silva 21013: E. Silva e M. da Penha da Silva (orgs.), A temática indígena na sala de aula: reflexões para o ensino a partir da Lei 11.645/2008. Recife: Ed. Universitária da UFPE, 2013.

Thomas 1982: G. Thomas, Política indigenista dos portugueses no Brasil 1500-1640. São Paulo: Loyola, 1982.

Toniolo 2015: R. Toniolo, “O legado e a sabedoria das civilizações da Amazônia”. Entrevista concedida ao Blog Conexão Planeta e publicada no dia 28/09/2015 no site conexaoplaneta.com.br/blog (acessado no dia 12/05/2022).

Xucuru-Cariri e Costa 2020: R. Xucuru-Cariri e S. L. Costa (orgas.), Cartas para o Bem Viver. Salvador: Boto-cor-de-rosa livros arte e café/paralelo 13S, 2020.

Wright 2014: R. Wright, “Os princípios metafísicos nos desdobramentos do Universo Hohodene” em Revista de Antropologia da UFSCAR, 6 (1), jan/jun, 2014, pp. 191-216.

Publicado

2022-11-17

Cómo citar

Baniwa, G. (2022). História indígena no Brasil independente: da ameaça do desaparecimento ao protagosnismo e cidadania diferenciada. Araucaria, 24(51). https://doi.org/10.12795.araucaria.2022.i51.12