Estado, sociedade e meio ambiente no Brasil em 200 anos de Independência
DOI:
https://doi.org/10.12795.araucaria.2022.i51.15Palabras clave:
Meio ambiente no Brasil, socioambientalismo, Estado e ambiente no Brasil, história e naturezaResumen
Este artigo intenta apresentar uma visão panorâmica da complexidade histórica das relações entre sociedade, estado e meio ambiente no Brasil. Argumenta que a genealogia dessas relações evidencia uma trajetória não linear, multifacetada e conflituosa. Há diversas tradições no palco dos confrontos políticos atuais: o Brasil se destaca por uma longa história de destruição, que remonta ao início da colonização do território, mas também por uma fértil tradição de pensamento conservacionista, significativas lutas socioambientais, e pelo pioneirismo nas pautas globais em prol do ambiente. Recuperar e valorizar a complexidade das relações entre sociedade e ambiente pode ser um ato decisivo na construção de caminhos futuros diversos para a questão socioambiental no Brasil, projetando e demonstrando a riqueza e o vigor de diferentes atores e práticas dissonantes.
Descargas
Métricas
Citas
Acselrad, H. 2004. Conflitos ambientais no Brasil. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2004.
Acselrad, H. 2017. “Mariana, November 2015: the political genealogy of a disaster”, Vibrant, 14 (2017), pp. 149-157.
Almeida, M. B. 2004. "Direitos à floresta e ambientalismo", Revista Brasileira de Ciências Sociais 19 (2004), pp. 33–53.
Alonso, A. and Maciel, D. 2010. “From Protest to Professionalization: Brazilian Environmental Activism after Rio 1992”, The Journal of Environmentand Development 19 (2010), pp. 300-317.
Anderson, B. 2003. Imagined Communities, 30th Ed., London, Verso.
Arendt, H. 2006. Betweeen Past and Future. New York: Penguin.
Bloch, M. 1964. The Historian’s Craft. Toronto: Vintage.
Borges, A. C. 1987. Por trás do verde. Diss. Mestrado. Viçosa: Universidade Federal de Viçosa.
Carvalho, J.M. 1987. Os bestializados. São Paulo, Cia das Letras.
Carvalho, J.M. 1990. A formação das almas. São Paulo, Cia das Letras.
Chauí, M. 2010. Brasil, mito fundador e sociedade autoritária. São Paulo: Perseu Abramo.
Comissão Nacional da Verdade. Relatório, v.2, Brasilia, p. 197-257, www.cnv.gov.br (acesso 30 /04/22).
Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil. 1891.
Cunha, E. 1905. Os Sertões, 3ª ed. Rio de Janeiro: Lemmert e Cia.
Cunha, M.C. 1992. História dos Índios no Brasil. São Paulo: Cia das Letras.
Cunha, M.C. e Almeida, M. 2000. “Indigenous People, Traditional People, and Conservation in the Amazon”, Dædalus, 129 (2000), pp. 315–338.
Dean, Warren. 1997. With Broadax and Firebrand. Berkeley: University of California Press.
Drummond de Andrade, C. 1951. “Beira Rio”, In Contos de Aprendiz. Rio de Janeiro: José Olympio Editora.
Drummond, J. and Barros-Platiau. 2006. “Brazilian Environmental Laws and Policies”, Law and Policy 28 (2006), pp. 83-110.
Duarte, R. H. 2014. “Birds and Scientists in Brazil”, In Centering Animals in Latin American History, Martha Few and Zeb Tortorici eds. Durham: Duke University Press, pp. 270—301.
Duarte, R.H. 2015. “Turn to pollute”: poluição atmosférica e modelo de desenvolvimento no “milagre” brasileiro, Tempo, 21 (2015), pp. 64-87
Duarte, R.H. 2016. Activist Biology. Tucson: Arizona University Press.
Espindola, H., E. Nodari E. and Santos. 2019. “Rio Doce: riscos e incertezas a partir do desastre de Mariana”, Revista Brasileira de História 39: 141–162.
Foucault, M. 1977. “Nietzsche, Genealogy, History”, In Donald Bouchard ed. Language, Counter-Memory, Practice. Ithaca: Cornel University Press.
Franco, J. and Drummond, J. 2009. “Wilderness and the Brazilian Mind”, en. Environmental History 14 (2009), p. 82-101.
Franco, J. e Drummond, J. 2009a. “O cuidado da natureza: A FBCN e a experiência conservacionista no Brasil”, In Textos de História 1 (2009), pp. 59-84.
Figueiredo, J. B. 1072 “Instruções para a delegação do Brasil”, In Relatório da Delegação do Brasil à Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, vol. 2. Brasília: CSN, pp. 4-10.
Gardner, R. 1993. “End of the Beginning: Chico Mendes and the Battle for Brazil’s Rains Forest,” Reference Services Review 21 (1993), pp. 23–30.
Garfield, S. 2013. In Search of the Amazon. Durham: Duke University Press.
Gomes, A.C. 2013. “População e Sociedade”, In A. C. Gomes ed. Olhando para Dentro: Coleção História do Brasil Nação, vol. 4. São Paulo: Objetiva, pp. 41-90.
Guimarães, R. 1991. The Ecopolitics of Development in the Third World. Boulder: Lynne Rienner Publishers.
Hardman, F.F. 1988. Trem Fantasma. São Paulo: Companhia das Letras.
Hobsbawn, E. 1983. The Invention of Traditions. Cambridge: Cambridge University Press.
Hochstetler, K. and Keck, M. 2007. Greening Brazil. Durham: Duke University Press.
Ioris, R. 2014. Transforming Brazil. New York: Routledge.
Lago, A.C. 2006. Estocolomo, Rio, Joanesburgo. Brasília, Instituto Rio Branco.
Leal, V. N. 2012. Coroelismo, enxada e voto. 7ª ed. São Paulo: Cia das Letras.
Lenharo, A. 1986. A sacralização da política. 2ª ed. Campinas: Papirus.
Lerrer, D. and Medeiros, L. 2014. “Food Sovereignty and Struggle for Land: The Experience of the MST in Brazil”, In Constance, MC. Renard, M Rivera-Ferre eds. Alternative agri-food movements. Londres: Emerald, 2014, p.111-135
Lima, N. 1999. Um sertão chamado Brasil. Rio de Janeiro, Revan.
Lima, A C. 1992. “O governo dos índios sob a gestão do SPI”, In M. C. Cunha ed. História dos índios no Brasil. São Paulo: Cia das Letras, pp. 155-72.
Little, P. 2001. Amazonia: Territorial Struggles on Perennial Frontiers. Baltimore: The John Hopkins University Press.
Nogueira-Neto, P. 2010. Uma trajetória ambientalista, diário. São Paulo: Empresa das Artes.
Marson, A. 1979. A ideologia nacionalista em Alberto Torres. São Paulo, Duas Cidades.
McCook, S. 2011. “The Neo-Columbian Exchange”, Latin American Research Review 46(2011), pp.11-31.
Oliveira, N. C. e Florentin, C. G. 2018. “Hydroelectric dams and the rise of environmentalism under dictatorship in Brazil and Paraguay”, In S Brain and V. Pál ed. Environmentalism under Authoritarian Regimes. New York: Routledge.
Pádua, J. 1991. “O Nascimento da política verde no Brasil”, In H. Leis ed. Ecologia e política mundial. Rio de Janeiro: Vozes, pp. 135-161.
Pádua, J. 2000. "Annihilating Natural Productions': Nature's Economy, Colonial Crisis and the Origins of Brazilian Political Environmentalism (1786–1810)", In Environment and History 6 (2000), pp. 255–87.
Pádua, J. 2002. Um sopro de destruição, Rio de Janeiro: Jorge Zahar.
Padua, J. 2012. “Environmentalism in Brazil: a historical perspective”, In J. R. McNeill and E. Stewart eds. A Companion to Global Environmental Histor,. Oxford: Wiley-Blackwell, pp. 456–473.
Pádua, J. 2016. “Civil Society and Environmentalism in Brazil”, In F. Rajan and L. Sedrez eds. The Great Convergence. New Delhi: Oxford University Press, pp. 113-134.
Pádua, J. 2019. “El dilema de la ‘cuna espléndida’”, In C. Leal, J. Solury y J Pádua eds. Un passado vivo. Bogotá: FCE, pp. 103-126.
Pandolfi, D. 2003. “Os anos”, In Ferreira, J. Delgado, L. eds. O Brasil Republicano: o tempo do nacional-estatismo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, pp. 13-38.
Pereira, E. 2013. Roessler, o homem que amava a natureza. São Leopoldo: Oikos,.
Pereira, E. 2016. A ética da convivência ecossustentável. Tese de Doutorado., Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Rodrigues, G. 2007. Walking the Forest with Chico Mendes. Austin: University of Texas Press.
Roquette- Pinto, E. 1941. Ensaios Brasilianos. São Paulo, Cia Editora Nacional.
Sachs, I. 1998. “Do crescimento econômico ao ecodesenvolvimento”, In P. Vieira ed. Desenvolvimento e meio ambiente no Brasil. Porto Alegre, Palloti.
Santos, J.; F. 1997. Feliz 1958, o ano que não devia terminar. Rio de Janeiro: Record.
Sedrez, L. 2014. "Rubber, Trees and Communities", In M. Armiero and L. Sedrez eds. A History of ed. Marco Armiero and L. Sedrez . New York: Bloomsbury, pp. 147–166.
Slater, C. 2002. Entangled Edens. Berkeley: University of California Press.
Starling, H. and Schwarcz, L 2015. Brasil, uma biografia. São Paulo: Cia das Letras.
Starling, H. 2018. Ser Republicano no Brasil Colônia. São Paulo, Companhia das Letras.
Torres, A. 1914. A organização nacional, Rio de Janeiro, Imprensa Nacional.
Urban, T. 2001. Missão (quase) impossível. São Paulo: Peirópolis.
Urban, T. 2018. Saudade do Matão. Curitiba: Ed. UFPR.
Vargas, M. “Caetano lidera ato em Brasília contra desmonte ambiental”, Folha de São Paulo, 10 de março de 2022, p. B8.
Ventura, Zuenir. 2003. Chico Mendes: Crime e Castigo. São Paulo: Companhia das Letras.
Viola, Eduardo. 1987. “O movimento ecológico no Brasil”, In j. Pádua ed. Ecologia e Política no Brasil. Rio de Janeiro: Espaço e Tempo, p. 63-109.
Viveiros de Castro, E. 1992. “Prefácio” in R. Arnt e S. Schwartzman, Um artifício orgânico. Rio de Janeiro: Rocco.
Wisnik, J. 2018. A máquina do mundo. São Paulo: Companhia das Letras.
Zhouri, A.; Laschefski, K. e Pereira, D. 2005. A insustentável leveza da política ambiental. Belo Horizonte: Autêntica.
Zhouri, A. 2010. As tensões do lugar. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.
Zhouri, A. e Laschefski, K. 2010. Desenvolvimento e conflitos ambientais. Belo Horizonte: Ed. UFMG.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Las ediciones impresa y electrónica de esta Revista son editadas por el Secretariado de Publicaciones de la Universidad de Sevilla, siendo necesario citar la procedencia en cualquier reproducción parcial o total.Salvo indicación contraria, todos los contenidos de la edición electrónica se distribuyen bajo una licencia de uso y distribución “Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivar 4.0 Internacional” . Puede consultar desde aquí la versión informativa y el texto legal de la licencia. Esta circunstancia ha de hacerse constar expresamente de esta forma cuando sea necesario.
- Resumen 215
- PDF (Português (Brasil)) 150