Resumen
Analisa os escritos de agentes eclesiásticos para os Sertões do Norte entre fins do século XVII e as últimas décadas do século XVIII. Muitas vezes, os agentes eclesiásticos contribuíram na escrita de projetos coloniais tanto quanto naturalistas amadores que deste lado do Atlântico exerciam as mais diversas funções. Para o caso específico das duas capitanias (Ceará e Piauí), entendidas aqui como formadoras da região colonial dos Sertões do Norte, serão investigadas as percepções dos agentes, distintas ou similares, acerca das alternativas de explorar as potencialidades dos Sertões do Norte a partir do esquadrinhamento do território. Foi analisada a produção de relatos, memórias, ideias, roteiros e tantos outros documentos teve significativo aumento ao longo dos setecentos e se caracterizou pelo conteúdo que pautava as possibilidades de intervenção da estrutura político-administrativa na racionalização e melhor exploração dos territórios coloniais, típicas da ilustração. É importante ressaltar que tais escritos foram produzidos, alguns casos, a pedido de agentes e/ou órgãos no reino, em outros, por interesse no reconhecimento dos serviços prestados. Esses “papéis” são hoje encontrados tanto na documentação avulsa depositada no Arquivo Histórico Ultramarino, se caracterizando como uma correspondência formal, quanto em documentos depositados em acervos da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro ou no Arquivo Nacional da Torre do Tombo. Consideramos em nossa metodologia, não apenas documentos produzidos por ouvidores, capitães-mores, governadores, provedores.