Feminismo, poder e representações mediáticas ao longo dos 40 anos da democracia portuguesa.

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.12795/RiCH.2021.i16.09

Palabras clave:

igualdad de género, paridad política, interrupción voluntaria del embarazo (IVG), cobertura de noticias

Resumen

En Portugal, el período posrevolucionario no cedió lugar a cambios en las cuestiones de igualdad entre hombres y mujeres. Sin embargo, en los últimos 40 años, ha habido dos temas centrales para la igualdad de género, discutidos en el Parlamento: la paridad y la legalización del aborto. En 1975, la política era profundamente masculina y los hombres estaban en el centro de las decisiones en todas las esferas de la sociedad. Cuarenta años después, la representación de las mujeres en la Asamblea de la República pasó del 7,6% al 40% en 2019, gracias a la aprobación de la ley de paridad en 2006.

La lucha por la despenalización del aborto también se prolongó desde 1974 hasta 2007, cuando se aprobó el segundo referéndum. Este ha consistido en un proceso largo y muy polarizado, con enfrentamiento de posiciones contrarias, dentro y fuera del Parlamento. En este recorrido intervinieron partidos políticos, ONG y diversas organizaciones de mujeres.

En este artículo analizaremos las dinámicas sociales y políticas que llevaron a estos cambios, resaltaremos las luchas en las que participaron las mujeres y examinaremos los cambios en la cobertura mediática de la problemática de género, a partir de dos casos centrales: la paridad y la interrupción voluntaria del embarazo (IVG). Concluimos que fueron los debates sobre estos temas los que más involucraron a las mujeres, y que más contribuyeron a la toma de conciencia de su situación frente a la sociedad patriarcal, abriendo puertas a su emancipación y empoderamiento.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

ABRANCHES, G., Ferreira, V. (1986) “O debate sobre o aborto e a ortopedia discursiva da sexualidade”, Análise Social, Vol. XXII (92-93), 1986-3º-4º 477-492

ALMEIDA, São José (28 de janeiro de 2006) “As feministas de um país oficialmente sem feminismos”, Público, p. 14 https://static.publico.pt/DOCS/AsFeministasdeUmPais.pdf (acedido em 13 de março de 2021)

ALVES, M., SANTOS.A.C, BARRADAS, C, DUARTE, M. (2009). “A despenalização do aborto em Portugal — discursos, dinâmicas e acção colectiva: os referendos de 1998 e 2007”, Oficina do CES, n.º 320, janeiro de 2009 (acedido em 7 de janeiro de 2020)

BALANZA, M.T.V. (2004) “La construcción del género en los medios de comunicación: la segregación del discurso informativo” en M. Teresa V. Balanza e Rosa B. García (Editoras), Mujeres y medios de comunicación, Imágenes, mensajes y discursos, Atenea: Universidad de Málaga. P. 133-149

BAPTISTA, C. (2017) “Género e jornalismo parlamentar em Portugal”, Mídia, Gênero & Direitos Humanos. V. 6 - No 01 - Ano 2017 – ISSN | 2179-7137, P. 143-171 https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/ged/article/view/25857/18390 (acedido em 11.3.2021)

BAUVOIR, S. (1949/1999) “Le deuxième sexe: Les faits et les Mythes”, Tome 1, Paris: Gallimard

Boletim da Comissão da Condição Feminina, março de 1976: 5

BOORSTIN, D. (1961/1987) The Image: A guide to pseudo-events in America. New York: Vintage

CABRERA, A. BAPTISTA, C. MARTINS, C. MATA, M. J. FLORES, T. M. (2016) Política no Feminino, Lisboa: Aletheia Editores ISBN:978-989-622-877-4.

CABRERA, A. FLORES, T.M., MATA, M.J. (2012) “O feminino como “intruso” na política: uma análise do contexto histórico e da representação fotojornalística das deputadas portuguesas no “parlamento paritário” e nas discussões da lei da paridade”, Media & Jornalismo. N.º 21, Vol. 11, 77-128

CABRERA, A. MARTINS, C. FLORES, T.M. (2011) “Representações Mediáticas das deputadas portuguesas”, Brazilian Journalism Reseearch. Volume7-Número1I-2011, 75-93

CABRERA, A., FLORES, T. M., MARTINS, C., MATA, M. J. (2012). “Do Parlamento para os jornais: reflexos mediáticos dos debates da IVG em 20 anos de democracia portuguesa, en FERIN CUNHA, I., CABRERA, A., SOUSA, J.P. (Editores), Pesquisa em Media e Jornalismo. Homenagem a Nelson Traquina. Covilhã: LabCom. Capítulo VII, pp. 159-201.

CABRERA, A., MARTINS, C. (2019) “Representações jornalísticas do poder político no feminino em tempo de crise”, en CABRERA, A., SANTOS, C.A., FIGUEIRAS, R.(Editoras), Media: Poder, Representação e Epistemologias, Imprensa da Universidade de Coimbra. Pp. 95-121

CANOTILHO, A. P., TAVARES, M., MAGALHÃES, M. J. (2006), ONG,s e Feminismos: contributo para a construção do sujeito político feminista, Ex aequo, nº 13, pp 91-99

CARNEIRO, M. (2017) “Mulheres de Abril: Testemunho de Maria Antónia Palla”. EsquerdaNet, 30 de maio de 2017. Disponible en: https://www.esquerda.net/artigo/mulheres-de-abril-testemunho-de-maria-antonia-palla/48964

CERQUEIRA, C. (2012) Quando elas (não) são notícia: mudanças, persistências e reconfigurações na cobertura jornalística sobre o Dia Internacional da Mulher em Portugal (1975-2007), Tese de doutoramento em Ciências da Comunicação (especialidade de Psicologia da Comunicação). Universidade do Minho. http://hdl.handle.net/1822/20789 (Acedido em 11.3.2021)

DUARTE, M. e BARRADAS, C. (2009) “Entre a legalidade e a ilegalidade: representações em torno do direito ao aborto em Portugal”. E-Cadernos CES, 4, 2009, P. 79-107 https://journals.openedition.org/eces/222 (Acedido em 8.1.2021)

FRANCISCO, S. CAETANO, M.J. (9 de março 2006) “PCP ao lado da direita contra lei da paridade”, Diário de Notícias.

GALLEGO, J. (2004) “De las recomendaciones a los mecanismos: producción informativa y transmisión de estereotipos de género”, en VERA BALANZA, M.T. e GARCÍA, R.B. (Editoras), Mujeres y medios de comunicación, Imágenes, mensajes y discursos, Atenea: Universidad de Málaga. P. 151-170

HORTA, M.T., METRASS C., MEDEIROS, H.S. (1975) Aborto o direito ao nosso Corpo, Lisboa: Editorial Futura

Instituto Europeu para a Igualdade de Género (EIGE) (2019) Report on equality between women and men in the EU, European Comission

JIMÉNEZ, A.M.R. (2009) Women and decision-making participation within rightist parties in Portugal and Spain. Análise Social, vol. XLIV (191), 2009, 235-263

MARTINS, C. (2014) Maria de Lourdes Pintasilgo: A “Senhora Primeiro-Ministro” na cidade dos homens. Media & Jornalismo, n.º 25, vol. 14, n.º 2, 2014, P. 125-142

- (2015) Mulheres liderança política e media, Lisboa: Aletheia Editores, ISBN: 978-989-622-761-6

MONTEIRO, R. (2011), “A política de quotas em Portugal: o papel dos partidos políticos e do feminismo de Estado”, Revista Crítica de Ciências Sociais, n.º 92, P. 31-50 DOI: 10.4000/ rccs.3953

NORRIS, P, LOVENDUSKI, J. (1989) "Women candidates for Parliament: Transforming the Agenda?", British Journal of Political Science, 19:1, 106-115

NORRIS, P. INGLEHART, R. (2001) "Women and Democracy. Cultural Obstacles to Equal Representation", Journal of Democracy, 12.3, 126-140

Pordata

https://www.pordata.pt/Portugal/Mandatos+nas+eleições+para+a+Assembleia+da+República+deputados+do+sexo+feminino+em+percentagem+do+total++por+partido+pol%C3%ADtico-2261

REIS, M. F. (10 de fevereiro de 2017), “Entrevista a Manuela Tavares”, Semanário SOL https://sol.sapo.pt/artigo/548260/manuela-tavares-sobre-despenalizacao-do-aborto-para-nos-guterres-ficou-para-sempre-marcado-

ROSS, K. COMRIE, M. (2012). “The rules of the (leadership) game: Gender, politics and news, Journalism, 13 (8), 969-984 DOI: 10.1177/1464884911433255

SANTOS, A.C., ALVES, M. (2009) Entre referendos – contributos e representações sobre a Campanha Fazer Ondas na luta pela despenalização do aborto em Portugal, e-cadernos CES, 4 2009, 47-78. DOI: 10.4000/eces.216

SANTOS, M. H. e AMÂNCIO, L. (2012 a) Género e política: análise sobre as resistências nos discursos e nas práticas sociais face à Lei da Paridade», Sociologia, Problemas e Práticas [Online], 68, P.69-101 (Acedido em3 de março 2020)

-. (2012b), “Resistências à Igualdade de Género na Política”, ex æquo, n. 25, 2012, pp. 45-58 (Acedido em 3 de março 2020)

SILVA, R. T. da (2010) “A situação das mulheres no mundo: que progressos no caminho da igualdade 15 anos depois da Plataforma de Acção de Pequim? Revista de Estudos Demográficos INE, 2010, p. 5 – 20 https://ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_genero_estudo&menuBOUI=13707294&contexto=pge&ESTUDOSest_boui=90345333&ESTUDOSmodo=2&selTab=tab2&perfil=1464373&xlang=pt (Acedido em 12.1.2021)

SILVEIRINHA, M.J. (2006) “Representações mediáticas das mulheres”, Ex aequo, n.º 14

SILVEIRINHA, M.J. PEIXINHO, A. T. (2008), “The Law of Life and The Law of Quotas”, in Communication Policies and Culture in Europe, European Communication Research and Education Association, Barcelona

SOARES, M. G. (28 de dezembro de 2016), “Morreu Lia Viegas”, Expresso, https://leitor.expresso.pt/pesquisa?q=Morreu+Lia+Viegas

TAVARES, M. (2007) “A longa luta das mulheres portuguesas pela legalização do aborto:”http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:XCeIZRUaSaMJ:umar.sc16.co.uk/images/stories/pdf/llmlegalizacaolaborto.pdf+&cd=1&hl=pt-PT&ct=clnk&gl=pt&client=safari (acedido em 7 de janeiro de 2020)

TAVARES, M. M. (2008) Feminismos em Portugal 1947-2007, Tese de doutoramento apresentada na Universidade Aberta. Doutoramento em Estudos sobre as Mulheres Especialidade em História das Mulheres e do Género. https://repositorioaberto.uab.pt/bitstream/10400.2/1346/1/Tese%20de%20doutoramento%20Manuela%20TavaresVF.pdf (Acedido em 10.1.2021)

VICENTE, A. (1997), 20 anos ao serviço da Igualdade, Presidência do Conselho de Ministros. Alto-comissário para as Questões da Igualdade e da Família, Lisboa: Comissão para a Igualdade e para os Direitos da Mulher.

Descargas

Publicado

2021-06-27

Cómo citar

Cabrera, A. (2021). Feminismo, poder e representações mediáticas ao longo dos 40 anos da democracia portuguesa. RIHC. Revista Internacional De Historia De La Comunicación, (16), 179–203. https://doi.org/10.12795/RiCH.2021.i16.09
Recibido 2021-03-31
Aceptado 2021-05-13
Publicado 2021-06-27