Introdução à Daseinanálise. Vetores para a psicoterapia heideggeriana no século XXI

Contenido principal del artículo

Marina V. G. Cecchini
https://orcid.org/0000-0003-4219-7924

Resumen

Este artigo apresenta os fundamentos da Daseinsanálise como proposta psicoterapêutica inspirada no pensamento de Martin Heidegger. Partindo da crítica à técnica moderna e à objetificação do ser humano, discute-se o resgate da existência autêntica, do cuidado (Sorge) e da liberdade como centrais à prática clínica. A Daseinsanálise não busca curas rápidas nem soluções técnicas, mas cria um espaço de escuta fenomenológica, onde paciente e terapeuta exploram juntos os sentidos do existir. São abordados temas como linguagem, finitude, responsabilidade e o papel do terapeuta como facilitador de um movimento de abertura e singularização. Assim, a clínica torna-se um espaço de desvelamento do ser, marcado pela coemergência de sentido, autenticidade e transformação existencial.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Detalles del artículo

Cómo citar
Cecchini, M. V. G. (2025). Introdução à Daseinanálise. Vetores para a psicoterapia heideggeriana no século XXI. Differenz. Revista Internacional De Estudios Heideggerianos Y Sus Derivas contemporáneas, (11), 27–67. https://doi.org/10.12795/Differenz.2025.i11.02
Sección
Estudios

Citas

Acosta, M.-R.A. (2008) Le problème de la fondation ontologique de la psychiatrie dans les Zollikoner Seminare de Martin Heidegger. Montreal: Papyrus-Université de Montreal.

Ataie, E. (2024) “Do We Dwell Within the Call of Being by Virtue of Our Languages? An Oriental Understanding from the Occidental Daseinsanalytic Concepts”. SFU Forschungsbulletin 12(1), 87-100.

Beaini, T.C. (1981). À escuta do silêncio: um estudo sobre a linguagem no pensamento de Heidegger. São Paulo: Cortez/Autores Associados.

Boss, M. (1975). Angústia, culpa e libertação (ensaios de psicanálise existencial). São Paulo: Duas Cidades.

Boss, M. (1997). “Introdução à Daseinsanalyse”. Revista da Associação Brasileira de Daseinsanalyse.

Camasmie, A. T. (2014). Psicoterapia de grupo na abordagem fenomenológico-exitencil: contribuições heideggerianas. Niterói: Via Veritas.

Cardinalli, I.E. (2000). “Daseinsanalyse e psicoterapia”. Revista da Associação Brasileira de Daseinsanalyse 9, 11-18.

Cardinalli, I.E. (2002). “Psiquiatria Fenomenológica - Um breve histórico”. Revista da Associação Brasileira de Daseinsanalyse 11, 72-84.

Cardinalli, I.E. (2005) “A contribuição das noções de ser-no-mundo e temporalidade para a psicoterapia daseinsanalítica”. Revista da Associação Brasileira de Daseinsanalyse 14, 55-63.

Casanova, M.A. (2012) Compreender Heidegger. Petrópolis: Vozes.

Chung, M.C. (2008) A Philosophical Critique of Existential Psychotherapy. Durham: Durham University.

Cleave, C.J.(2024). Therapy-in-the-world: a hermeneutic phenomenological study of accessible self-therapeutic modes of being. Middlesex: Middlesex University.

Cutting, J. & Cusinato, G. (2018). “Psichopathology and Philosophy in Relation to the Existence of Human Being”. Thaumàzein. Rivista di Filosofia 6.

Cytrynowicz, M.B. (1997) “A relação analista-analisando: uma abordagem daseinsanalítica”. Revista da Associação Brasileira de Daseinsanalyse 8, 30-38.

Feijoo, A.M.L.C. (2011). A existência para além do sujeito: A crise da subjetividade moderna e suas repercussões para a possibilidade de uma clínica psicológica com fundamentos fenomenológico-existenciais. Rio de Janeiro: IFEN.

Fernandez, A.V. (2019) “Martin Heidegger”. The Oxford Handbook of Phenomenological Psychopathology. Oxford: Oxford University Press.

Ferreira, L.C.R. (2010) Reflexões acerca das contribuições de Heidegger para uma clínica fenomenológica-existencial. Niterói: Universidade Federal Fluminense.

Gildersleeve, M. (2016). “Retrieving and Projecting the Transcendent Function with Complexes and the Rosarium Philosophorum”. Cosmos and History: The Journal of Natural and Social Philosophy 12(1), 87-106.

Gomez, A.A. (2018). Feelings of Enlightenment: A Hermeneutic Interpretation of Latent Enlightenment Assumptions in Greenberg’s Emotion-Focused Therapy. Seattle: Antioch University

Heidegger, M. (2001). Seminários de Zollikon. Petrópolis: Vozes.

Heidegger, M. (2005). Ser e Tempo. Petrópolis: Vozes.

Hoare, R.W.N. (1973) A comparison of the work of Bultmann and Binswanger. Birmingham: University of Birmingham

Jardim, L.E.F. (2003). A preocupação libertadora no contexto da prática terapêutica. São Paulo: Fenô & Grupos

Kauders, A. (2011) “Drives in Dispute: The West German Student Movement, Psychoanalysis, and the Search for a New Emotional Order, 1967–1971”. Central European History 44, 711-731.

LeBeau, C.S. (2013). Maternal Guilt: An Existential Phenomenological Study of the Early Experiences of First-Time Mothers. Pittsburgh: Duquesne University.

Lessa, J. M. (2011). Curso de análise existencial: princípios fundamentais de uma prática psicoterápica com bases fenomenológico-existenciais. Niterói: Universidade Federal Fluminense

Magnan, V.C & Feijoo, A.M.L.C. (2013) Análise da escolha profissional. Rio de Janeioro: IFEN.

Mangine, D.R. (2004). The Appropriation of the Prospect of Taking Medication for Psychological Complaints: An Empirical-Phenomenological Investigation. PIttsburgh: Duquesne University.

Michelazzo, J.C. (2001). “Daseinsanalyse e `Doença´ do Mundo”. Revista da Associação Brasileira de Daseinsanalyse 10, 47-71.

Oberholzer, S.A. (1991). The hermeneutic value of the Daseinsanalytic approach to dream interpretation in psychotherapy: a case study. Grahamstown: Rhodes University.

Plessis, G.d. (2019). An Existential Perspective on Addiction Treatment: A Logic-based therapy case study. Logan: Utah State University.

Pompéia, J.A. (1978) “Psicoterapia e Verdade”. Revista da Associação Brasileira de Daseinsanalyse 4, 71-76.

Pompéia, J.A. (2000). “Desfecho – Encerramento de um processo”. Revista da Associação Brasileira de Daseinsanalyse 9, 31-43.

Pompéia, J.A. (2004). “Aspectos emocionais na terapia Daseinsanalítica”. Revista da Associação Brasileira de Daseinsanalyse 13.

Pompéia, J.A. (2005). “Daseinsanalyse e a clínica”. Revista da Associação Brasileira de Daseinsanalyse 14, 26-42.

Prado, M.F.A. (2001). “Uma Apresentação Sobre os Seminários de Zollikon”. Revista da Associação Brasileira de Daseinsanalyse 10, 29-46.

Rossouw, G. (2011). “The Limitations of Dialectical Behaviour Therapy and Psychodynamic Therapies of Suicidality from an Existential-Phenomenological Perspective”. Indo-Pacific Journal of Phenomenology, 7(2), 1–13

Sapienza, B.T. (2007). Do desabrigo à confiança. São Paulo: Escuta.

Sørensen, A.D. (2016) Philosophy and Therapy of Existence: Perspectives in Existential Analysis. Aarhus: Aarhus Universitet.

Taylor, S. (2014). The Modern Condition: The Invention of Anxiety, 1840-1970. New York: Columbia University.

Toit, B.d (1988). Theory in interpretive psychology - with special reference to Paul Ricoeur’s interpretation of Freud. Makanda: SEALS-Rhodes University.

Tombras, C. (2017) Speaking being: language, body, and the construction of a world in Heidegger and Lacan. Middlesex: Middlesex University.

Welman, M. (1996) Death and gnosis: archetypal dream imagery in terminal illness. Grahamstown: Rhodes University