Da usina ao assentamento: as lutas dos boias frias no século XX entre invisibilidades e releituras

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12795.araucaria.2022.i51.20

Palavras-chave:

odernização da Agricultura; Boias Frias; Luta pela Terra; Experiência

Resumo

O artigo apresenta as lutas dos trabalhadores rurais boias frias no Brasil, valorizando sua riqueza e protagonismo em momentos históricos em que elas eram invisibilizadas tanto pela ditadura como por visões pré-concebidas de quem seriam os sujeitos das lutas por reforma agrária. O universo empírico da pesquisa é a região de Ribeirão Preto e Araraquara, no estado de São Paulo, representativa das contradições entre uma agricultura produtivista e a proletarização de um amplo contingente de trabalhadores. A partir deste contexto, propõe-se uma metodologia centrada nas especificidades das lutas, não deduzidas das condições objetivas, mas marcada pelas experiências vividas pelos trabalhadores e pela identificação de seus interesses.

Downloads

Não há dados estatísticos.

##plugins.generic.paperbuzz.metrics##

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

, Universidade de Araraquara

Vera Lúcia Silveira Botta Ferrante, licenciada em Ciências Sociais pela UNESP, doutora e livre docente pela UNESP! professora titular aposentada da UNESP! Atualmente coordenadora do programa de pós-graduação em Desenvolvimento Territorial e Meio Ambiente, da UNIARA, coordenador do Núcleo de Pesquisa e Documentação Rural (NUPEDOR), Pró Reitora em Pós-Graduação Strictu Sensu da UNIARA, Universidade de Araraquara. Bolsista Produtividade IA do CNPq. Membro do corpo editorial da revista Retratos dos Assentamentos! ganhadora do prêmio Visconde de Cairu de 1978, Instituto Roberto Simonsen pelo livro FGTS: ideologia e repressão.

, Universidade de Araraquara

Professor Adjunto do Centro de Ciências da Natureza, Universidade Federal de São Carlos, campus Lagoa do Sino. Graduado em Ciências Sociais (Licenciatura e Bacharelado) pela Unesp/Araraquara, Mestre em Agroecologia e Desenvolvimento Rural pela Universidade Federal de São Carlos, Doutor em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas. Pós-Doutorado pelo PPG Desenvolvimento Territorial e Meio Ambiente (Uniara). É professor no PPG em Desenvolvimento Territorial e Meio Ambiente (Uniara) e no PPG em Agroecologia e Desenvolvimento Rural (UFSCar). Pesquisador do Núcleo de Pesquisa e Documentação Rural (Nupedor) e editor da revista Retratos de Assentamentos. Atualmente é vice-diretor do Centro de Ciências da Natureza (CCN-UFSCar).

, Universidade de Araraquara

Agrônomo formado pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Mestre pelo Programa de Ciência Ambiental da USP e Doutor pelo Instituto de Geociências da USP. Professor colaborador no Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Territorial e Meio Ambiente da UNIARA, Araraquara, SP. Foi gestor público nas Prefeituras de Santos e Santo André na área do abastecimento e da segurança alimentar, e junto à Superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) do estado de São Paulo. Compõe o coletivo da Diretoria da Associação Brasileira de Reforma Agrária (ABRA), o Grupo de Trabalho Estudos Críticos sobre o Desenvolvimento Rural do Conselho Latino-americano de Ciências Sociais (CLACSO), e é pesquisador do Núcleo de Pesquisa e Documentação Rural (NUPEDOR).

Referências

Alves, F. J. C. Modernização da Agricultura e Sindicalismo: As Lutas dos Trabalhadores Assalariados Rurais na Região de Ribeirão Preto. Tese (Doutorado em Ciências Econômicas) - Universidade de Campinas, Campinas, 1991.

Bastos, E.; Bugai et al. Mapeamento dos movimentos sociais rurais no Estado de São Paulo, 1964-1987. Relatório de Pesquisa, 1988 (mimeo).

D’Incao, M. C.. O movimento de Guariba: o papel acelerador da crise econômica. Revista Política e Administração, Rio de Janeiro, n.2, 1985.

Ferrante, V. L. S. B.; Bastos, Bugai, E.; Chaia, V. L. N. Modernização agrícola no circuito da violência. Revista São Paulo em Perspectiva, São Paulo, Seade, vol.1, p.18-30, 1987.

Ferrante, V. L. S. B. Tamoio olha! Tem nó na cana. Perspectivas, São Paulo, n.7, p. 31-46, 1984.

Marini, W. O Estado de São Paulo, p.18, 20 mai. 1984.

Martins, J. S.. Os camponeses e a política no Brasil. 1. ed. Petrópolis: Editora Vozes, 1981.

Medeiros, L. S. História dos movimentos sociais no campo. Rio de Janeiro: Fase, 1989.

Palmeira, M.. Modernização, Estado e Questão Agrária. Revista Estudos Avançados. Cem Anos de República. São Paulo, USP, 1990.

Reis, J. S. F. Lutas pelo acesso à terra: ocupações e acampamentos. Relatório de projeto de pesquisa, Cedec, São Paulo, 1987 (mimeo).

Sader, E.; Paoli, M. C. P. M.. Sobre "classes populares" no pensamento sociológico brasileiro. A aventura antropológica: teoria e pesquisa. São Paulo: Paz e Terra, 2004.

Scott, J. C. Exploração normal, resistência normal. Revista Brasileira de Ciência Política, Brasília, n.5, p.217-243, 2011.

Sigaud, L. M. . Os Clandestinos e os direitos. São Paulo: Duas Cidades, 1979

Thompson, E. A Miséria da Teoria: ou um planetário de erros. Rio de Janeiro, Zahar, 1981

Downloads

Publicado

2022-11-17

Como Citar

Silveira Botta Ferrante, V. L., Carmona Duval, H., & Aly Junior, O. (2022). Da usina ao assentamento: as lutas dos boias frias no século XX entre invisibilidades e releituras. Araucaria, 24(51). https://doi.org/10.12795.araucaria.2022.i51.20
Visualizações
  • Resumo 188
  • PDF 78