Do constitucionalismo do comum às lutas cosmotécnicas: constituição do comum e lutas cosmotécnicas

From common constitutionalism to cosmotechnical struggles: constitution of the common and insurrection processes

Autori

  • José Luis Bolzán de Morais
  • Fernando Hoffmam Universidade Federal de Santa Maria (UFSM/RS)

DOI:

https://doi.org/10.12795/araucaria.2024.i55.25

Parole chiave:

Constitucionalismo, Direitos Humanos, Insurreição, Era Digital, Lutas Cosmotécnicas

Abstract

O presente artigo tem como escopo compreender a passagem de um constitucionalismo do comum – já proposto anteriormente – para o campo das lutas cosmotécnicas, no sentido de que não seria mais possível pensar e constituir um projeto cosmopolítico a não ser a partir das mesmas. Para tanto, o que se propõe, a partir dos limites e crises do Estado e do constitucionalismo que o acompanha, buscar a construção de projetos cosmopolíticos através do redimensionamento do constitucionalismo, proposto isso no trabalho pelo viés do comum e dos direitos humanos,  é imprescindível constituir o comum para além dos limites do constitucionalismo – estatalista ou não – pois, a constituição do comum na atualidade se dá em um campo em disputa por práticas tecnopolíticas através de lutas cosmotécnicas e processos de insurreição, tendo como pano de fundo os impactos das globalizações neoliberais e da disrupção da era digital.

Downloads

I dati di download non sono ancora disponibili.

Metriche

Caricamento metriche ...

Riferimenti bibliografici

BAUMAN, Zygmunt; BORDONI, Carlo. Stato di crisi. Torino: Einaudi. 2015.

BOLZAN DE MORAIS, Jose Luis. Estado e Constituição e o fim da geografia. In: STRECK, Lenio Luiz; ROCHA, Leonel Severo; ENGELMANN, Wilson (Org). Constituição, Sistemas Sociais e Hermenêutica. Anuário do Programa de Pós-Graduação em Direito da UNISINOS.1 ed.Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2015, p. 69-82.

BOLZAN DE MORAIS, Jose Luis. O fim da geografia institucional do Estado. In: STRECK, Lenio Luiz; ROCHA, Leonel Severo; ENGELMANN, Wilson (Org). Constituição, Sistemas Sociais e Hermenêutica. Anuário do Programa de Pós-Graduação em Direito da UNISINOS. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2017, p. 77-98.

BOLZAN DE MORAIS, Jose Luis. O fim da geografia institucional do Estado. A 'crise' do Estado de Direito In: BOLZAN DE MORAIS, Jose Luis (Org). Estado & Constituição. O 'fim' do Estado de Direito.1 ed.Florianópolis: Tirant lo Blanch, 2018.

BOLZAN DE MORAIS, Jose Luis (Org). Estado & Constituição. O 'fim' do Estado de Direito.1 ed.Florianópolis: Tirant lo Blanch, 2018.

BOLZAN DE MORAIS, Jose Luis. O Estado de Direito Confrontado pela Revolução da Internet!. Revista Eletrônica do Curso de Direito da UFSM. v.13, p.876-903, 2018.

BOLZAN DE MORAIS, Jose Luis; HOFFMAM, Fernando. Por Uma Identidade Constitucional “Comum”. Revista Novos Estudos Jurídicos. Itajaí, v. 20, n. 3, p. 860-884, set./dez. 2015.

BOLZAN DE MORIAS, Jose Luis. As crises do Estado e da Constituição e a transformação espaço-temporal dos direitos humanos. 2ª ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2011.

BUTLER, Judith. Corpos Em Aliança e a Política das Ruas: notas para uma teoria performativa de assembleia. Tradução: Fernanda Siqueira Miguens. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2018.

BUTLER, Judith. Vida Precária: os poderes do luto e da violência. Tradução: Andreas Lieber. Belo Horizonte: Autêntica, 2019.

COMITÊ INVISÍVEL. Aos Nossos Amigos: crise e insurreição. Tradução: Edições Antipáticas. São Paulo: N-1, 2018.

COMITÊ INVISÍVEL. Motim e Destituição, Agora. Tradução: Vinícius Nicastro Honesko. São Paulo: N-1, 2017.

DE JULIOS-CAMPUZANO, Alfonso. Constitucionalismo em tempos de globalização. Tradução: José Luis Bolzan de Morais; Valéria ribas do Nascimento. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2009.

DE JULIOS-CAMPUZANO, Alfonso. La transición paradigmática de la teoría jurídica: el derecho ante La globalización. Madrid: Dykinson, 2010.

FERRAJOLI, Luigi. Per Una Costituzione della Terra. L’umanità al bivio. Roma: Feltrineli. 2022

HARDT, Michael e NEGRI, Antonio. Comune. Oltre il privato e il pubblico. Milano: Rizzoli. 2010

HARDT, Michael; NEGRI, Antonio. Assembly: a organização multitudinária do comum. Tradução: Lucas Carpinelli; Jefferson Viel. São Paulo: Politeia, 2018.

HOFFMAM, Fernando. Do Cosmopolitismo ao “Comumpolitismo” enquanto um Novo Ambiente para os Direitos Humanos na Era do Império. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2019.

HOFFMAM, Fernando. Os coletivos como sujeitos multitudinários na perspectiva de uma democracia radical e constituinte / The collectives as multitudinous subjects in the perspective of a radical and constituent democracy. Revista Direito e Práxis, Rio de Janeiro, v. 13, n. 2, p. 781–807, 2022.

HOFFMAM, Fernando; BOLZAN DE MORAIS, Jose Luis. A Construção de Uma Nova Normatividade “Imperial” e o Papel do Constitucionalismo no Contexto do “Império”. Revista Novos Estudos Jurídicos, Itajaí, v. 27, n. 2, p. 429-451, abr./ago. 2022.

KLEBA, John; CRUZ, Cristiano; ALVEAR, Celso (Orgs.). Engenharias e outras práticas técnicas engajadas: diálogos interdisciplinares e decoloniais. Campina Grande: EDUEPB, 2022.

LATOUR, Bruno. Onde Aterrar? Como se orientar politicamente no antropoceno. Tradução: Marcela Vieira. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2020.

MORAES, Alana. Contato e Improvisação: o que pode querer dizer autonomia?. Cadernos IHU Ideias, São Leopoldo, Ano 16, Nº 268, Vol. 16, p. 1-20, 2018.

MORAES, Alana. Neoextrativismo, Guerra de Mundos, e Hegemonia Cibernética: como nos tornamos um laboratório pandêmico?. Revista PimentaLab – É Isso o futuro?, São Paulo, Vol. 1, p. 26-41, abril, 2021.

PARRA, Henrique. Da tecnopolítica às lutas cosmotécnicas: dissensos ontoepistêmicos face à hegemonia cibernética no Antropoceno. In: KLEBA, John; CRUZ, Cristiano; ALVEAR, Celso (Orgs.). Engenharias e outras práticas técnicas engajadas: diálogos interdisciplinares e decoloniais. Campina Grande: EDUEPB, 2022.

ROLNIK, Suely. Esferas da Insurreição: notas para uma vida não cafetinada. São Paulo: N-1, 2018.

SANTOS, Antônio Bispo dos. A Terra Dá, a Terra Quer. São Paulo: UBU; PISEAGRAMA, 2023.

SANTOS, Laymert Garcia dos. A Informação Após a Virada Cibernética. In: SANTOS, Laymert Garcia dos; et al (Orgs). Revolução Tecnológica, Internet e Socialismo. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2003.

SANTOS, Laymert Garcia dos; et al (Orgs). Revolução Tecnológica, Internet e Socialismo. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2003.

SARAMAGO, José. Caim. São Paulo: Cia. Das Letras. 2009

STENGERS, Isabelle. Pragmáticas y Fuerzas Sociales. Tradução: Luis Antonio Ramírez Zuluaga. Boletín de Antropología, Medellín, Vol. 34, Nº. 57, p. 222-231, 2019.

STRECK, Lenio Luiz; ROCHA, Leonel Severo; ENGELMANN, Wilson (Org). Constituição, Sistemas Sociais e Hermenêutica. Anuário do Programa de Pós-Graduação em Direito da UNISINOS.1 ed.Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2015.

STRECK, Lenio Luiz; ROCHA, Leonel Severo; ENGELMANN, Wilson (Org). Constituição, Sistemas Sociais e Hermenêutica. Anuário do Programa de Pós-Graduação em Direito da UNISINOS. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2017.

TIQQUN. La Hipótesis Cibernética. Tradução: Raúl Suárez Tortosa; Santiago Rodríguez Rivarola. Madrid: Acuarela Libros; Machado Grupo de Distribución, 2018.

TIQQUN. Contribuição Para a Guerra Em Curso. Tradução: Vinícius Nicastro Honesko. São Paulo: N-1, 2019.

ZUBOFF, Shoshana. The Age of Surveillance Capitalism: the fight for a human future at tke new frontier of power. Public Affairs, 2019.

##submission.downloads##

Pubblicato

2024-02-02

Come citare

Bolzán de Morais, J. L., & Hoffmam, F. (2024). Do constitucionalismo do comum às lutas cosmotécnicas: constituição do comum e lutas cosmotécnicas: From common constitutionalism to cosmotechnical struggles: constitution of the common and insurrection processes. Araucaria, 26(55). https://doi.org/10.12795/araucaria.2024.i55.25
##plugins.generic.dates.received## 2024-01-25
##plugins.generic.dates.accepted## 2024-01-27
##plugins.generic.dates.published## 2024-02-02
##plugins.generic.galleysAndAbstractStats.index.label##
  • Abstract 87
  • PDF (Español (España)) 68