Saúde pública na capital do império do Brasil: escravidão, epidemias, assistência
DOI:
https://doi.org/10.12795.araucaria.2022.i51.18Schlagworte:
história da saúde pública, escravidão, história das doenças, história das epidemias, história da assistência à saúde, BrasilAbstract
Neste artigo pretendemos analisar a organização da regulamentação e fiscalização de atividades relacionadas à saúde pública, atentando para as mudanças no contexto histórico. Em nossa investigação, apontamos a importância das primeiras grandes epidemias de febre amarela e de cólera no Brasil em meados do século XIX que contribuíram para a centralização das ações do governo imperial. Também consideramos as mudanças na oferta de assistência à saúde, identificando os grupos sociais mais vulneráveis na sociedade escravista. Documentos governamentais, legislação e escritos médicos do período constituem as principais fontes sistematizadas e analisadas.
Downloads
Metriken
Literaturhinweise
Baldwin, P. Contagion and the State in Europe (1830-1930). Cambridge: Cambridge University Press, 1999.
Beltrão, J. Cólera, o flagelo da Belém do Grão Pará. Tese de doutorado, Campinas, UNICAMP, 1999.
Benchimol, J. Dos micróbios aos mosquitos: febre amarela e revolução pasteuriana no Brasil. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz e Editora UFRJ, 1999.
Buarque de Holanda, S. “A herança colonial – sua desagregação”, História Geral da Civilização Brasileira. São Paulo: Difel, t.II, v.1,1982.
Chalhoub, S. Cidade febril: cortiços e epidemias na corte imperial. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.
Cooper, D. B. The new “Black Death”: cholera in Brazil, 1855-1856. Social Science History, vol. 10, n.º 4 (winter), 1986, pp.467-88.
Cooter, R. “Anticontagionism and history’s medical record”. In: Wright, P. e Treacher, A. (Orgs.) The problem of medical knowledge: examining the social construction of medicine. Edinburgh: Edinburgh University Press, 1982.
David, O. O inimigo invisível: epidemia na Bahia no século XIX. Salvador: UFBA/Sarah Letras, 1996.
Diniz, A. Cólera: representações de uma angústia coletiva - a doença e o imaginário social no século XIX no Brasil. Tese de doutorado (História) – Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade de Campinas, Campinas, 1997.
Fernandes, T. M. D. “Vacina antivariólica: seu primeiro século no Brasil (da vacina jenneriana à animal)”. História, Ciências, Saúde - Manguinhos, v.6, n. 1, p.29-51, 1999.
Fernandes, T. M. D. “Imunização antivariólica no século XIX no Brasil: inoculação, variolização, vacina e revacinação”. História, Ciências, Saúde - Manguinhos, v. 10, n.2, p.461-474, 2003.
Ferreira, L. O. “Os periódicos médicos e a invenção de uma agenda sanitária para o Brasil (1827-43)”. História, Ciências, Saúde - Manguinhos, v.6, n.2, p.331-351, 1999.
Ferreira, L. O. “O viajante estático: José Francisco Xavier Sigaud e a circulação das idéias higienistas no Brasil oitocentista (1830-1844)”. II Colóquio "Impérios, Centros e Províncias - a Circulação do Conhecimento Médico, Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, Lisboa, 6 e 7 de maio de 2010. Mimeo.
Karasch, M. A vida dos escravos no Rio de Janeiro (1808-1850). São Paulo: Companhia das Letras, 2000.
Kodama, K. “Os debates pelo fim do tráfico no periódico O Philantropo (1849-1852)”. Revista Brasileira de História, v.28, n.56, 2008.
Kodama, K.; Pimenta, T. S. Condições de vida e vulnerabilidades nas epidemias: do cólera no século XIX à Covid-19. In: Sá, D. M. et al. (org.). Diário da Pandemia: o olhar dos historiadores. São Paulo: Hucitec, 2020, p. 232-241.
Kodama, K. et al. Mortalidade escrava durante a epidemia de cólera no Rio de Janeiro (1855-1856): uma análise preliminar. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, v. 19, supl., p. 59-79, dez. 2012.
Kury, L. O império dos miasmas – a Academia Imperial de Medicina (1830-1850). Dissertação de mestrado (História) – Universidade Federal Fluminense, Niterói, 1990.
MACHADO, R. et al.. Danação da norma – medicina social e constituição da psiquiatria no Brasil. Rio de Janeiro: Graal, 1978.
Neves, G. E receberá mercê – a Mesa de Consciência e Ordens e o clero secular no Brasil (1808-1828). Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 1997.
Peixoto, D. Aos sereníssimos príncipes reais do Reino Unido de Portugal e do Brasil, e Algarves, os senhores D. Pedro de Alcântara e D. Carolina Josefa Leopoldina oferece, em sinal de gratidão, amor, respeito, e reconhecimento estes prolegômenos, ditados pela obediência, que servirão às observações, que for dando das moléstias cirúrgicas do país, em cada trimestre, Domingos Ribeiros dos Guimarães Peixoto, cirurgião da Câmara de El-Rei Nosso Senhor. In: A saúde pública no Rio de Dom João. Rio de Janeiro: Editora Senac Rio; 2008.
Pelling, M. Cholera, fever and English medicine (1825-1865). Oxford: Oxford University Press, 1978.
Pimenta, T. “Doses infinitesimais contra a epidemia de cólera em 1855”. In: Nascimento, D. e Carvalho, D. (Orgs.). Uma história brasileira das doenças. Brasília: Paralelo 15, 2003.
Rego, J. P. Memória histórica das epidemias de febre amarella e chólera-morbo que têm reinado no Brasil. Rio de Janeiro: Typographia Nacional, 1873.
Rodrigues, J. De costa a costa – escravos, marinheiros e intermediários do tráfico negreiro de Angola ao Rio de Janeiro (1780-1860). São Paulo: Companhia das Letras, 2005.
Sá, I. G. Quando o rico se faz pobre: misericórdias, caridade e poder no império português, 1500-1800. Lisboa: Comissão Nacional para as comemorações dos descobrimentos portugueses, 1997.
Santos Neto, A. Sob o signo da peste: Sergipe no tempo do cholera (1855-1856). Dissertação de mestrado (História) – Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade de Campinas, Campinas, 2001.
Silva, M. V. Sobre alguns dos meios propostos por mais conducentes para melhorar o clima da cidade do Rio de Janeiro, 1808. In: A saúde pública no Rio de Dom João. Rio de Janeiro: Editora Senac Rio; 2008.
Sigaud, J. F. Do clima e das doenças do Brasil ou estatística médica deste Império. Rio de Janeiro: Fiocruz; 2009 [1844].
Downloads
Veröffentlicht
Zitationsvorschlag
Ausgabe
Rubrik
Lizenz
Las ediciones impresa y electrónica de esta Revista son editadas por el Secretariado de Publicaciones de la Universidad de Sevilla, siendo necesario citar la procedencia en cualquier reproducción parcial o total.Salvo indicación contraria, todos los contenidos de la edición electrónica se distribuyen bajo una licencia de uso y distribución “Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivar 4.0 Internacional” . Puede consultar desde aquí la versión informativa y el texto legal de la licencia. Esta circunstancia ha de hacerse constar expresamente de esta forma cuando sea necesario.
- Abstract 269
- PDF (Português (Brasil)) 217