O povoado da Quinta do Almaraz (Almada, Portugal) no âmbito da ocupação no Baixo Tejo durante o 1º milénio a.n.e.: os dados do conjunto anfórico

Autores/as

  • Ana Olaio Arqueóloga

DOI:

https://doi.org/10.12795/spal.2018i27.18

Palabras clave:

Quinta do Almaraz, Idade do Ferro, Ânforas, Estuário do Tejo, Comércio.

Resumen

As escavações arqueológicas desenvolvidas na Quinta do Almaraz, na margem esquerda da foz do estuário do Tejo, revelaram uma extensa ocupação da Idade do Ferro. Do vasto conjunto de artefactos recolhidos, as ânforas destacam-se como uma categoria relativamente numerosa e tipologicamente diversa. O estudo concretizado demonstrou a maioritária presença de produções locais/regionais, face a uma diminuta representação de importações, essencialmente oriundas do Sul da Península Ibérica. Os dados das ânforas traduzem-se num importante contributo para a compreensão da dinâmica do povoado da Quinta do Almaraz e testemunham a produção anfórica desenvolvida no estuário do Tejo durante o 1º milénio a.n.e., bem como a grande autonomia económica e capacidade de auto-abastecimento desta área ao longo da Idade do Ferro.

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Publicado

2018-10-01

Cómo citar

Olaio, A. (2018) «O povoado da Quinta do Almaraz (Almada, Portugal) no âmbito da ocupação no Baixo Tejo durante o 1º milénio a.n.e.: os dados do conjunto anfórico», SPAL - Revista de Prehistoria y Arqueología, (27.2), pp. 125–163. doi: 10.12795/spal.2018i27.18.

Número

Sección

Artículos